Matemática e o uso dos dedos: relações entre configurações de dedos e habilidades numéricas iniciais
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Data
2023Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
O uso dos dedos se faz presente como uma ferramenta natural em práticas envolvendo representações numéricas ao redor do mundo. Este trabalho investigou as representações numéricas com base nos dedos (RBD) em crianças de 3, 4 e 5 anos de idade, com foco nas relações entre RBD e habilidades numéricas iniciais, bem como seu relacionamento com o senso numérico, avaliado pelo desempenho no TEMA-3. Assim, dois estudos foram desenvolvidos: o primeiro para entender o perfil canônico e como se relaciona ...
O uso dos dedos se faz presente como uma ferramenta natural em práticas envolvendo representações numéricas ao redor do mundo. Este trabalho investigou as representações numéricas com base nos dedos (RBD) em crianças de 3, 4 e 5 anos de idade, com foco nas relações entre RBD e habilidades numéricas iniciais, bem como seu relacionamento com o senso numérico, avaliado pelo desempenho no TEMA-3. Assim, dois estudos foram desenvolvidos: o primeiro para entender o perfil canônico e como se relacionava o reconhecimento de dedos com as pontuações no TEMA-3, e o segundo uma comparação entre o perfil de contagem, reconhecimento e produção de dedos entre amostras brasileiras e espanholas. Participaram 108 alunos de Educação Infantil de quatro escolas em Porto Alegre e da Espanha. Os resultados revelaram que as crianças predominantemente usam a mão direita e o dedo indicador como base para contar e representar números até 5, com o dedo polegar sendo referência para números maiores. O perfil canônico de contagem com os dedos foi observado, com uma tendência de evolução na contagem dos participantes de 1 a 10. O desempenho no reconhecimento de dedos aumentou com a idade, enquanto análises de correlação demonstraram relações moderadas e fortes entre o reconhecimento de configurações numéricas com os dedos, cardinalidade e reconhecimento de algarismos e pontos em dados.Análises de regressão apontaram relações de predição entre RBD e outros tipos de representações numéricas, além de destacar seu valor explicativo na produção de números com os dedos. Na comparação entre as amostras dos dois países, ambas mostraram a predominância da mão direita e do dedo indicador para contagem até 5, com o dedo polegar sendo utilizado para números maiores. No entanto, a amostra espanhola apresentou um reconhecimento mais lento de configurações numéricas com base nos dedos em comparação com os brasileiros. Diferenças culturais, de idade, contexto escolar e o período pandêmico podem ter influenciado nos resultados. Este trabalho ressalta a importância de compreender como as crianças utilizam seus dedos para matemática inicial, fornecendo insights para a prática educacional e o entendimento do desenvolvimento numérico na primeira infância. ...
Abstract
The use of fingers serves as a natural tool in practices involving numerical representations around the world. This study investigated finger-based numerical representations (RBD) in children aged 3, 4, and 5, focusing on the relationships between RBD and early numerical skills, as well as their relationship with number sense, assessed by performance in TEMA-3. Thus, two studies were developed: the first to understand the canonical profile and how finger recognition related to scores on TEMA-3, ...
The use of fingers serves as a natural tool in practices involving numerical representations around the world. This study investigated finger-based numerical representations (RBD) in children aged 3, 4, and 5, focusing on the relationships between RBD and early numerical skills, as well as their relationship with number sense, assessed by performance in TEMA-3. Thus, two studies were developed: the first to understand the canonical profile and how finger recognition related to scores on TEMA-3, and the second a comparison of counting, recognition, and finger mounting between Brazilian and Spanish samples. A total of 108 preschool students from four schools in Porto Alegre and Spain participated.The results revealed that children predominantly use the right hand and the index finger as a base for counting and representing numbers up to 5, with the thumb being a reference for larger numbers. The canonical profile of finger counting was observed, with a trend of evolution in the counting of participants from 1 to 10. Performance in finger recognition increased with age, while correlation analyses demonstrated moderate and strong relationships between the recognition of numerical configurations with fingers, cardinality, and recognition of digits and points in dice. Regression analyses indicated predictive relationships between RBD and other types of numerical representations, as well as highlighting its explanatory value in the production of numbers with fingers. In comparing the samples from the two countries, both showed the predominance of the right hand and the index finger for counting up to 5, with the thumb being used for larger numbers. However, the Spanish sample exhibited slower recognition of numerical configurations based on fingers compared to Brazilians. Cultural, age, school context, and pandemic period differences may have influenced the results. This study underscores the importance of understanding how children use their fingers for early mathematics, providing insights for educational practice and understanding of numerical development in early childhood. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
Coleções
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Ciências Humanas (7636)Educação (2565)
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