Plano do comum : signos do acolhimento em práticas pedagógicas, produzindo vidas-existência

Abstract

A presente tese de doutorado propôs-se a conversar sobre modos de acolhimento, inclusão e ensino na educação escolar, buscando o contato com pareceres pedagógicos de estudantes avaliados por apresentarem alguma dificuldade de aprendizagem. A partir de conversas e escritas mobilizadas com docentes da educação básica, esta tese de doutorado perscrutou “signos do acolher” e investigou como as práticas pedagógicas do professorado reverberavam em um “plano do comum”, quando a inclusão e o ensino antes da construção cognitiva se colocavam como modos ético-estético-políticos de configurar as aulas ou os encontros de aprendizagem. Estabeleceu-se uma revisão bibliográfica acerca do conceito de (plano) comum, por meio da qual, ao longo do estudo ocorreu a filiação as teorias de Spinoza (Ética) e Deligny (Práticas Pedagógicas), que deram origem a um “embasamento nas afecções”, bem como uma imersão no campo dos signos e da linguagem com o uso do “método da cartografia”, com base em Deleuze e Guattari. Esse Plano do Comum foi uma compreensa o extraída daquilo que se configura como uma zona de indeterminação onde não há o controle pela tomada de decisão, mas onde signos geram afecções em uma emergência imanente. Já a cartografia foi a proposta para apreender essas produço es de comum em sala de aula, na interaça o professora estudantes e detectar que estudantes são cartógrafos em ato de aprender. A pesquisa se propos a gerar encontros e conversações entre professoras, com foco na escrita de pareceres pedagógicos (prévios e revisitados) e na potência criativa docente em seu agir em sala de aula, conforme relatos e reflexões durante as interações da pesquisa. Pensando as práticas pedagógicas a partir de uma perspectiva voltada a produção de vida/existência, um plano do comum e a emergência viva de um estar com, desarmar-se de ferramentas do ensino e deixar se encontrar com os disparadores do encontro, um plano do comum não antecede o planejamento, ele e produção vida, em ato.

This doctoral thesis proposed to talk about ways of reception, inclusion and teaching in school education, seeking contact with pedagogical opinions of students evaluated for having some learning disabilities. Based on conversations and writings mobilized with basic education teachers, this doctoral thesis scrutinized “signs of welcoming” and investigated how the pedagogical practices of teachers reverberated in a “common plan”, when inclusion and teaching before a construction cognitive were placed as ethical-aesthetic-political ways of configuring classes or learning encounters. A bibliographic review was established on the concept of common (plan), through which, throughout the study, the affiliation to the theories of Spinoza (Ethics) and Deligny (Pedagogical Practices) occurred, which gave rise to a “affection’s foundation” , as well as an immersion in the field of signs and language using the “cartography method”, based on Deleuze and Guattari. This Plan of the Common was an understanding extracted from what is configured as a zone of indetermination where there is no control for decision-making, but where signs generate affections in an immanent emergency. Cartography, on the other hand, was the proposal to apprehend these common productions in the classroom, in the teacher-student interaction and to detect that students are cartographers in the act of learning. The research proposed to generate meetings and conversations between teachers, focusing on the writing of pedagogical opinions (previous and revisited) and on the creative power of teachers in their actions in the classroom, according to reports and reflections during the research interactions. Thinking about pedagogical practices from a perspective focused on the production of life/existence, a common plan is the living emergence of a being-with, disarming oneself from teaching tools and allowing oneself to encounter the triggers of the encounter, a common plan does not precede planning, it is life production, in action.

Esta tesis doctoral se propuso hablar sobre formas de recepción, inclusión y enseñanza en la educación escolar, buscando contacto con opiniones pedagógicas de estudiantes evaluados por tener alguna dificultad de aprendizaje. A partir de conversaciones y escritos movilizados con docentes de educación básica, esta tesis doctoral escudriñó “signos de acogida” e investigó cómo las prácticas pedagógicas de los docentes reverberaban en un “plan del común”, cuando la inclusión y la enseñanza ante una construcción cognitiva se situaban como ético-estéticas formas políticas de configurar las clases o los encuentros de aprendizaje. Se estableció una revisión bibliográfica sobre el concepto de (plan) común, a través de lo cual, a lo largo del estudio, se produjo la filiación a las teorías de Spinoza (Ética) y Deligny (Prácticas Pedagógicas), lo que dio lugar a “antecedentes teóricos en los afectos”, así como una inmersión en el campo de los signos y el lenguaje utilizando el “método de la cartografía”, basado en Deleuze y Guattari. Este Plan del Común fue una comprensión extraída de lo que se configura como una zona de indeterminación donde no hay control para la toma de decisiones, pero donde los signos generan afectos en una emergencia inmanente. La cartografía, por su parte, fue la propuesta para aprehender estas producciones comunes en el aula, en la interacción docente-alumno y detectar que los alumnos son cartógrafos en el acto de aprender. La investigación se propuso generar encuentros y conversaciones entre docentes, centrándose en la redacción de opiniones pedagógicas (anteriores y revisitadas) y en el poder creativo de los docentes en sus acciones en el aula, según relatos y reflexiones durante las interacciones de la investigación. Pensando las prácticas pedagógicas desde una perspectiva centrada en la producción de vida/existencia, un proyecto común es la emergencia viva de un apreender-con, desarmarse de las herramientas didácticas y permitirse encontrar los desencadenantes del encuentro, un proyecto común no precede a la planificación, es producción de vida, en acción.