Relações entre a epistemologia genética e as neurociências cognitivas : o construtivismo neuronal e suas abordagens em educação em ciências
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
As teorias da psicologia do desenvolvimento estão na origem de muitos debates na área da didática das ciências ou do ensino de ciências, ontem e hoje. Atualmente, o campo das neurociências parece inspirar diversas abordagens práticas e teóricas na área da educação e, particularmente, do ensino de ciências. Neste sentido, esta dissertação buscou problematizar, aprofundar e estudar possíveis relações entre a epistemologia genética, as neurociências cognitivas e o ensino de ciências. Para tanto, d ...
As teorias da psicologia do desenvolvimento estão na origem de muitos debates na área da didática das ciências ou do ensino de ciências, ontem e hoje. Atualmente, o campo das neurociências parece inspirar diversas abordagens práticas e teóricas na área da educação e, particularmente, do ensino de ciências. Neste sentido, esta dissertação buscou problematizar, aprofundar e estudar possíveis relações entre a epistemologia genética, as neurociências cognitivas e o ensino de ciências. Para tanto, diferentes métodos de pesquisa como a revisão bibliográfica, a entrevista clínica e a análise de livros didáticos foram utilizados de forma integrada na construção deste estudo que está organizado em quatro capítulos. Do ponto de vista teórico, pretendeu-se discutir o paralelismo psicofisiológico proposto por Jean Piaget em relação ao fenômeno de “Frenoblenoses”, conforme evidenciado e teorizado por Herman T. Epstein, além da (in)visibilidade das abordagens construtivistas nas neurociências. Em relação à produção de dados de pesquisa, primeiramente se buscou reconhecer as representações de crianças sobre o funcionamento do pensamento, envolvendo ideias de mente e de cérebro. Este estudo replica uma pesquisa de tradição piagetiana que foi conduzida com a seguinte pergunta norteadora: “O que acontece dentro da minha cabeça quando estou pensando?”. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e, principalmente, a partir dos desenhos realizados pelas crianças. Participaram da pesquisa 51 crianças, entre quatro e doze anos, de escolas pública e privada sul-rio-grandenses. Os dados coletados foram discutidos em relação ao estudo original e visaram a compreender o pensamento infantil em suas próprias representações sobre o funcionamento da mente e do cérebro. A seguir apresenta-se um segundo estudo empírico, voltado para a análise de livros didáticos das disciplinas de Ciências e Biologia distribuídos aos estudantes das escolas públicas brasileiras através do PNLD. Este estudo analisou as abordagens realizadas para o estudo do sistema nervoso e as formas de representação do funcionamento do mesmo. Propondo um olhar crítico por meio do livro didático na educação básica buscou-se avaliar se os jovens possuem oportunidades para questionar o senso comum sobre o tema. O terceiro e último estudo empírico apresentado analisa livros didáticos de psicologia do desenvolvimento utilizados nas disciplinas de psicologia da educação. Analisando o sumário, índices remissivo e onomástico e o glossário de 10 obras disponíveis na Biblioteca do Instituto de Psicologia da UFRGS foram observadas as citações feitas a autores de destaque e a alguns termos específicos. Por meio deste estudo buscou-se discutir as figuras de Piaget, a pluralidade do campo científico e a ausência de debate sobre isso nestes livros. Esses quatro estudos debatem e criticam, por meio da perspectiva da educação em ciências, a falta de debate acerca da natureza da ciência e, particularmente, das controvérsias no campo das neurociências durante a formação dos estudantes, sejam eles da Educação Básica ou do Ensino Superior. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
Coleções
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Ciências Humanas (7234)Educação (2431)
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