O adoecimento no trabalho do ensino à distância : revelações de professores-tutores
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Data
2013Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Há alguns anos tem-se percebido uma intensa expansão nas Instituições de ensino superior no Brasil. Estas organizações descobriram no ensino à distância uma forma para captar mais alunos, buscar lucratividade e assim manterem-se competitivos no mercado educacional. A presente pesquisa teve como objetivo investigar esta nova modalidade de ensino superior, bem como, os aspectos relacionados à mercantilização do ensino, as transformações no mundo do trabalho, o surgimento da nova nomenclatura para ...
Há alguns anos tem-se percebido uma intensa expansão nas Instituições de ensino superior no Brasil. Estas organizações descobriram no ensino à distância uma forma para captar mais alunos, buscar lucratividade e assim manterem-se competitivos no mercado educacional. A presente pesquisa teve como objetivo investigar esta nova modalidade de ensino superior, bem como, os aspectos relacionados à mercantilização do ensino, as transformações no mundo do trabalho, o surgimento da nova nomenclatura para a figura do professor e as formas de adoecimento apresentados pelos professores no trabalho do ensino à distância. Para tal utilizou-se o método de pesquisa qualitativo-exploratória, com entrevistas semiestruturadas com professores-tutores de uma Instituição de ensino privada. Foram entrevistados nove professores-tutores, com idades entre 28 e 37 anos de idade, destes um entrevistado do sexo masculino e oito do sexo feminino. Os dados obtidos nas entrevistas foram ordenados e classificados a partir de categorias que foram se estabelecendo a partir da relação entre os dados e a literatura pertinente. Tais categorias foram chamadas de: não distinção entre tempo de trabalho e não trabalho; adoecimentos; o desejo de migração para outro emprego e a precarização da educação e do trabalho. Concluiu-se que a extensa e prolongada jornada de trabalho a que os professores-tutores vêm se submetendo tem provocado sofrimentos psíquicos e físicos. Muitos para dar conta desse sofrimento procuram outras atividades, no intuito de preservar a saúde mental. Contudo, estas tentativas os deixam mais cansados, já que a sobrecarga de trabalho é violenta. Observou-se ainda, que os modos de adoecer variam, alguns sentem que o adoecimento físico, enquanto outros, no entanto, sentem que o adoecimento mental, especialmente provocado pela auto-aceleração e controle da gestão, desgasta sua vida pessoal e profissional. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Especialização em Psicologia Organizacional.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (3537)
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