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dc.contributor.advisorVasques, Carla Karnoppipt_BR
dc.contributor.authorGonçalves, Leticia Araujo Machado dept_BR
dc.date.accessioned2025-09-24T06:56:59Zpt_BR
dc.date.issued2025pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/297258pt_BR
dc.description.abstractEsta dissertação investiga as trajetórias escolares de estudantes negros autistas na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RME/POA), entre os anos de 2009 e 2017. O objetivo principal é compreender como se articulam os marcadores de raça, deficiência, diagnóstico e território na produção institucional da exclusão escolar. A pesquisa parte da constatação da invisibilidade desses sujeitos nos dados estatísticos, nas políticas públicas de inclusão e na literatura educacional brasileira. Como referencial teórico, adota os Estudos Críticos da Deficiência (ECD). A metodologia combina análise quantitativa descritiva e longitudinal dos microdados do Censo Escolar da Educação Básica com cruzamentos interseccionais entre raça/cor, sexo, tipo de matrícula, localização da escola e estabilidade dos registros diagnósticos. Foram reconstruídas 170 trajetórias escolares com base no histórico de registros de deficiência, além de realizada uma análise geoespacial da distribuição das matrículas. Embora as matrículas de estudantes com autismo e de estudantes negros com deficiência tenham crescido no período, observou-se uma queda de 24,3% nas matrículas de estudantes negros autistas. Na rede municipal, essa queda foi de 56,7%, com impacto ainda mais grave entre meninas negras, cujas matrículas reduziram em quase 50%. Apenas 18,8% das trajetórias analisadas mantiveram o diagnóstico de autismo de forma contínua, revelando sua instabilidade e sugerindo a racialização dos critérios de reconhecimento institucional. A análise territorial demonstrou que essas matrículas estão concentradas nas regiões periféricas da cidade, evidenciando um padrão geográfico de exclusão. Apesar de operar exclusivamente com dados secundários, a pesquisa propõe uma metodologia inovadora de leitura crítica dos registros censitários educacionais, visibilizando padrões de desigualdade normalmente encobertos pelas codificações administrativas. Ao assumir a interseccionalidade como posicionamento político e epistêmico, a pesquisa compromete-se com a desnaturalização das desigualdades e com a produção de conhecimento voltado à transformação social. Trata-se de um estudo exploratório que inaugura uma cartografia crítica das desigualdades na educação pública municipal, oferecendo subsídios para futuras pesquisas e para o redesenho de políticas educacionais mais justas e inclusivas.pt_BR
dc.description.abstractEsta disertación investiga las trayectorias escolares de estudiantes negros autistas en la Red Municipal de Enseñanza de Porto Alegre (RME/POA), entre los años 2009 y 2017. El objetivo principal es comprender cómo se articulan los marcadores de raza, discapacidad, diagnóstico y territorio en la producción institucional de la exclusión escolar. La investigación parte de la constatación de la invisibilidad de estos sujetos en los datos estadísticos, en las políticas públicas de inclusión y en la literatura educativa brasileña. Como marco teórico, se adoptan los Estudios Críticos de la Discapacidad (ECD). La metodología combina un análisis cuantitativo descriptivo y longitudinal de los microdatos del Censo Escolar de la Educación Básica, con cruces interseccionales entre raza/color, sexo, tipo de matrícula, localización escolar y estabilidad de los registros diagnósticos. Se reconstruyeron 170 trayectorias escolares basadas en el historial de registros de discapacidad, además de realizarse un análisis geoespacial de la distribución territorial de las matrículas. Aunque las matrículas de estudiantes con autismo y de estudiantes negros con discapacidad aumentaron durante el período, se observó una disminución del 24,3% en las matrículas de estudiantes negros autistas. En la red municipal, esa caída fue del 56,7%, con un impacto aún más grave entre las niñas negras, cuyas matrículas se redujeron en casi un 50%. Solo el 18,8% de las trayectorias analizadas mantuvieron el diagnóstico de autismo de forma continua, revelando su inestabilidad y sugiriendo la racialización de los criterios de reconocimiento institucional. El análisis territorial demostró que estas matrículas se concentran en las regiones periféricas de la ciudad, evidenciando un patrón geográfico de exclusión. A pesar de basarse exclusivamente en datos secundarios, la investigación propone una metodología innovadora de lectura crítica de los registros censales educativos, visibilizando patrones de desigualdad usualmente encubiertos por las codificaciones administrativas. Al asumir la interseccionalidad como posicionamiento político y epistémico, la investigación se compromete con la desnaturalización de las desigualdades y con la producción de conocimiento orientado a la transformación social. Se trata de un estudio exploratorio que inaugura una cartografía crítica de las desigualdades en la educación pública municipal, ofreciendo insumos para futuras investigaciones y para el rediseño de políticas educativas más justas e inclusivas.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAutismoes
dc.subjectAutismopt_BR
dc.subjectRaçapt_BR
dc.subjectRazaes
dc.subjectDeficiênciapt_BR
dc.subjectDiscapacidades
dc.subjectInterseccionalidades
dc.subjectExclusão escolarpt_BR
dc.subjectDiagnósticopt_BR
dc.subjectExclusión escolares
dc.subjectDiagnósticoes
dc.titleOlhar pelas frestas : um estudo interseccional das trajetórias escolares de estudantes negros autistas na rede de ensino de Porto Alegrept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-coEspírito Santo, Arthur Miranda dopt_BR
dc.identifier.nrb001280823pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2025pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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