Associação entre uso de redes sociais, insatisfação corporal e média ou baixa autoestima em adultos
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Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: As redes sociais são veículos de comunicação e informação, sendo que suas ferramentas e conteúdos ocupam espaços cada vez maiores no cotidiano dos indivíduos. Apesar disso, evidências atuais sugerem que o uso de redes pode aumentar a insatisfação corporal e a baixa autoestima, embora ainda não haja consenso sobre isso. Objetivo: Avaliar a associação entre o uso de redes sociais, insatisfação corporal e níveis de autoestima em adultos brasileiros. Metodologia: Estudo transversal com ...
Introdução: As redes sociais são veículos de comunicação e informação, sendo que suas ferramentas e conteúdos ocupam espaços cada vez maiores no cotidiano dos indivíduos. Apesar disso, evidências atuais sugerem que o uso de redes pode aumentar a insatisfação corporal e a baixa autoestima, embora ainda não haja consenso sobre isso. Objetivo: Avaliar a associação entre o uso de redes sociais, insatisfação corporal e níveis de autoestima em adultos brasileiros. Metodologia: Estudo transversal com homens e mulheres brasileiros adultos, usuários de redes sociais. Foram analisados dados sociodemográficos, antropométricos, prática de exercício, tempo de uso de redes, níveis de insatisfação corporal e autoestima por meio do instrumento Body Shape Questionnaire (BSQ) e a Escala de Autoestima de Rosenberg. Análises descritivas foram realizadas para dados sociodemográficos, do uso das redes sociais, de insatisfação corporal e autoestima. Foram identificados perfis de uso das redes, por meio das análises de componentes principais. A Regressão de Poisson foi utilizada para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas e os intervalos de 95% de confiança (IC 95%) para insatisfação corporal e níveis de autoestima. Resultados: Foram incluídos 289 participantes (51,6% mulheres) com mediana de idade de 29 (23-38) anos. Quase metade da amostra apresentou elevada autoestima (49,8%) e mais da metade (60,2%) não apresentou insatisfação corporal. A mediana do tempo de uso das redes foi de 7,07 (4,7 - 10,21) horas/dia, com o WhatsApp (n=285), YouTube (n=273) e Instagram (n=262) sendo os mais populares. Três perfis de uso de redes sociais foram identificados : (1) uso do X, Spotify e TikTok; (2) uso do YouTube, Pinterest e Linkedin, e que não apresentam o Facebook como padrão de uso, e (3) uso do Facebook, Instagram e Aplicativos de relacionamento afetivo. Na análise ajustada, sexo e idade aparecem como prováveis fatores de confusão para associação do Perfil 1 com a autoestima; entretanto, a idade mais jovem se mostrou mais propensa ao prejuízo da autoestima ao utilizar o Perfil 1. A insatisfação corporal apresentou associação com os Perfis 1 e 3, porém houve perda de efeito para o Perfil 3 quando os dados foram estratificados para autoestima, enquanto no Perfil 1 a insatisfação corporal manteve-se afetada apenas naqueles com elevada autoestima. Conclusão: nessa população o uso das redes sociais parecem não ter influência nos desfechos de insatisfação corporal e baixa ou média autoestima. A idade e o sexo são provaveis fatores de confusão da relação entre uso de redes sociais e efeitos na autoestima, assim como a autoestima pode expressar uma relação importante entre o uso das redes com a insatisfação corporal. ...
Abstract
Introduction: Social media are vehicles for communication and information, and their features and content occupy an increasingly larger space in people's daily lives. Despite this, current evidence suggests that the use of social media may increase body dissatisfaction and low self-esteem, although there is still no consensus on this topic. Objective: To evaluate the association between social media use, body dissatisfaction, and self-esteem levels in Brazilian adults. Methodology: Cross-sectio ...
Introduction: Social media are vehicles for communication and information, and their features and content occupy an increasingly larger space in people's daily lives. Despite this, current evidence suggests that the use of social media may increase body dissatisfaction and low self-esteem, although there is still no consensus on this topic. Objective: To evaluate the association between social media use, body dissatisfaction, and self-esteem levels in Brazilian adults. Methodology: Cross-sectional study with adult Brazilian men and women who use social media. Sociodemographic and anthropometric data, exercise practice, social media usage time, levels of body dissatisfaction and self-esteem were analyzed using the Body Shape Questionnaire (BSQ) and the Rosenberg Self-Esteem Scale. Descriptive analyses were conducted for sociodemographic data, social media use, body dissatisfaction, and self-esteem. Social media use profiles were identified through principal component analysis. Poisson regression was used to estimate crude and adjusted prevalence ratios, along with 95% confidence intervals (95% CI), for body dissatisfaction and self-esteem levels. Results: A total of 289 participants (51.6% women) with a median age of 29 (23-38) years were included. Nearly half of the sample had high self-esteem (49.8%) and more than half (60.2%) did not report body dissatisfaction. The median time spent on social media was 7.07 (range 4.7 - 10.21) hours/day, with WhatsApp (n=285), YouTube (n=273), and Instagram (n=262) being the most popular. Three social media usage profiles were identified: (1) use of X, Spotify, and TikTok; (2) use of YouTube, Pinterest, and LinkedIn, without Facebook as a common platform; and (3) use of Facebook, Instagram, and dating apps. In the adjusted analysis, sex and age appeared as likely confounding factors for the association between Profile 1 and self-esteem. However, younger age was more likely to have a negative impact on self-esteem when using Profile 1. Body dissatisfaction was associated with Profiles 1 and 3, but there was a loss of effect for Profile 3 when the data were stratified by self-esteem, while in Profile 1 body dissatisfaction remained affected only in those with high self-esteem. Conclusion: In this population, the use of social media does not appear to influence the outcomes of body dissatisfaction and low or average self-esteem. Age and sex are likely confounding factors in the relationship between social media use and effects on self-esteem, likewise self-esteem may play an important role in the relationship between social media use and body dissatisfaction. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde.
Coleções
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Ciências da Saúde (9337)
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