“Minha mãe não pode falar nada que meu pai fica brabo” violências de gênero a partir do olhar das crianças
dc.contributor.advisor | Felipe, Jane | pt_BR |
dc.contributor.author | Moraes, Jéssica Tairâne de | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2020-01-28T04:11:05Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2019 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/204968 | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente pesquisa é baseada nas abordagens teóricas dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais. O problema de pesquisa consistiu na seguinte questão: O que as crianças pensam sobre as situações de violência que elas vivenciam em seu cotidiano e como as interpretam, em especial no que refere às violências de gênero vivenciadas em suas famílias? Assim, pretendi lançar o olhar sobre os maus-tratos emocionais e outras formas de violências de gênero, a partir da percepção das crianças, verificando de que modo elas viam e interpretavam as situações de violência doméstica, e como tais situações reverberavam na escola de Educação Infantil. Desta forma, o estudo se desenvolveu por meio de uma pesquisa com crianças que se deu a partir da literatura infantil e de rodas de conversa com grupos de crianças de cinco anos de idade de uma escola de Educação Infantil da Rede Pública da região metropolitana de Porto Alegre/RS. Os resultados mostraram que, a partir das intervenções realizadas através das rodas de conversa, foi possível perceber que as crianças reconhecem e, inclusive, denunciam práticas de violência no âmbito doméstico, tais como agressões verbais e/ou físicas às mulheres, além de situações de “negligência” dos adultos para com elas, que neste estudo foram entendidas como modos de sobrevivência. Também se evidenciou um número maior de meninos expostos a essas prática, havendo, ainda, em muitos casos, um silenciamento dos casos de violência sexual. Foi possível perceber uma maior dificuldade dos meninos de mostrar suas emoções, vulnerabilidades e medos, o que evidencia o quanto eles sofrem com a recorrente vigilância sobre suas masculinidades, reverberando nos rituais de passagem para um processo de adultização das crianças em alguns aspectos. Outro ponto percebido foi que a maioria das crianças denuncia os mais variados tipos de violências que suas mães ou mulheres de suas famílias sofrem, mas já vêm sendo tratada de maneira naturalizada pela ótica infantil. A pesquisa levou em conta a participação infantil e os relatos das crianças mostram a urgência do investimento em uma educação de meninos e meninas de forma que tensione os scripts da masculinidade hegemônica e da submissão da mulher, desnaturalizando as violências as quais as crianças sofrem e/ou presenciam. | pt_BR |
dc.description.abstract | This research is based on the theoretical approaches of Gender Studies and Cultural Studies. The research problem consisted of the following question: What do children think about the situations of violence they experience in their daily lives and how they interpret them, especially regarding the gender-based violence experienced in their families? Thus, I intended to look at emotional abuse and other forms of gender violence, from the children's perception, verifying how they saw and interpreted situations of domestic violence, and how such situations reverberated in the school of Education. Children's. Thus, the study was developed through a research with children based on children's literature and conversation circles with groups of five-year-old children from a public school in Metropolitan Region of Porto Alegre / RS. The results showed that, from the interventions made through the conversation circles, it was possible to realize that the children recognize and even denounce domestic violence practices, such as verbal and / or physical aggression against women, as well as situations of “neglect” of adults towards them, which in this study were understood as ways of survival. There was also a greater number of boys exposed to these practices, and still, in many cases, there was a silence of cases of sexual violence. It was possible to notice a greater difficulty of boys to show their emotions, vulnerabilities and fears, which shows how much they suffer with the recurring vigilance about their masculinities, reverberating in the rituals of passage to a process of adultization of children in some aspects. Another perceived point was that most children denounce the most varied types of violence that their mothers or women in their families suffer, but they are already being treated in a naturalized way from the children's perspective. The research took into account child participation and children's reports show the urgency of investing in an education of boys and girls so as to strain the scripts of hegemonic masculinity and women's submission, denaturalizing the violence that children suffer and / or witness. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Genre scripts | en |
dc.subject | Infância | pt_BR |
dc.subject | Gender violence | en |
dc.subject | Educação infantil | pt_BR |
dc.subject | Violência familiar | pt_BR |
dc.subject | Violence within the family | en |
dc.subject | Violência de gênero | pt_BR |
dc.subject | Childhoods | en |
dc.subject | Child Participation | en |
dc.title | “Minha mãe não pode falar nada que meu pai fica brabo” violências de gênero a partir do olhar das crianças | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001110984 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Educação | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Educação | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2019 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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