Investigação da autoimunidade em camundongos com mucopolissacaridose tipo 1
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Data
2012Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
A mucopolissacaridose tipo I (MPS I) é uma doença herdada de forma autossômica recessiva. É causada pela deficiência da enzima alfa-L-iduronidase, que leva ao acúmulo intralisossômico de heparan e dermatan sulfato. Os sintomas são heterogêneos e pacientes com a forma mais grave da doença têm alterações neurocognitivas. O mecanismo de patogênese ainda é, em grande parte, desconhecido. Entretanto, há evidências crescentes da participação de alterações do sistema imune neste processo. O objetivo d ...
A mucopolissacaridose tipo I (MPS I) é uma doença herdada de forma autossômica recessiva. É causada pela deficiência da enzima alfa-L-iduronidase, que leva ao acúmulo intralisossômico de heparan e dermatan sulfato. Os sintomas são heterogêneos e pacientes com a forma mais grave da doença têm alterações neurocognitivas. O mecanismo de patogênese ainda é, em grande parte, desconhecido. Entretanto, há evidências crescentes da participação de alterações do sistema imune neste processo. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de resposta autoimmune e sua contribuição para os sintomas clínicos de camundongos com MPS I. Para verificar a ocorrência de autoantígenos em camundongos MPS I, extratos de proteína do hipocampo e fígado foram submetidos a western blot, e soro de camundongos afetados e normais foi usado como anticorpo primário. Os resultados mostraram que não há diferença entre animais normais e MPS I, indicando ausência de autoantígenos patológicos. Para verificar ativação anormal de células T em camundongos MPS I, linfócitos foram ativados com Concanavalina A e a proliferação foi verificada por ensaio de MTT. Os resultados mostraram proliferação normal de células T nos camundongos afetados. Para verificar o potencial patogênico de células T de animais MPS I, linfócitos destes foram ativados e transferidos para camundongos normais, que foram então submetidos a testes comportamentais para verificar atividade exploratória, locomoção e atividade cerebelar. Para isso foram utilizados testes de campo aberto e análise de caminhada. Os resultados obtidos mostraram comportamento similar ao de animais do grupo controle, que recebeu linfócitos de camundongos normais, e também de camundongos normais que não sofreram intervenção. Os receptores de linfócitos MPS I também não apresentaram evidência de neuroinflamação, resultado demonstrado por meio de imunohistoquímica para GFAP. Com os resultados obtidos neste trabalho sugere-se que características autoimunes não apresentam uma contribuição significativa para a patogênese da MPS I. Isso, porém, não exclui a existência de outras alterações imunológicas nesta doença. Por isso, uma caracterização mais detalhada do perfil imunológico de camundongos com MPS I é necessária. ...
Abstract
Mucopolysaccaridosis type I (MPS I) is an autosomal recessive disorder caused by the deficiency of alpha-L-iduronidase, leading to accumulation of heparan sulfate and dermatan sulfate within the lysosome. The clinical signs are heterogeneous, and patients with the severe form of disease exhibit neurological impairment. The mechanism of pathogenesis is unknown, but there is increasing evidence of the participation of immune system abnormalities on the pathology of MPS I. Therefore we conducted a ...
Mucopolysaccaridosis type I (MPS I) is an autosomal recessive disorder caused by the deficiency of alpha-L-iduronidase, leading to accumulation of heparan sulfate and dermatan sulfate within the lysosome. The clinical signs are heterogeneous, and patients with the severe form of disease exhibit neurological impairment. The mechanism of pathogenesis is unknown, but there is increasing evidence of the participation of immune system abnormalities on the pathology of MPS I. Therefore we conducted a study to verify the occurrence of autoimmune response and its contribution to the clinical symptoms of MPS I mice. Western blot analysis of protein extracts from liver and hippocampus demonstrated that there are no putatives autoantigens exclusive of MPS I mice. Lymphocyte proliferation assays showed normal T-cell activation in these animals. Lymphocyte transfer from MPS I mice to normal mice did not cause any damage to the central nervous system of receptor mice detectable by behavioral tests. Receptor animals also did not show signs of neuroinflammation, demonstrated by GFAP staining. The present study suggests that autoimmune reactions are not involved in the pathogenesis of MPS I. However the existence of other immune system abnormalities cannot be excluded. Therefore a more detailed characterization of immune profile of MPS I mice is required. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular.
Coleções
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Ciências Biológicas (4090)
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