Meu querido Frankenstein : escalando falésias entre o ensino de ciências e o ensino da arte

Abstract

Escalando falésias em meio ao ensino de ciências e o ensino da arte, produzo meu texto costurando diferentes ideias sobre epistemologias e modelos pedagógicos, posicionando-me entre a alfabetização científica e o alfabetismo da cultura visual. Busco assim a criação de uma quimera que se apresenta como mescla entre áreas de exatas e humanas, e que responde a minha questão de pesquisa: Que posicionamentos estudantes de um 2º ano do Ensino Fundamental podem criar/produzir frente a experimentações com imagens artísticas e científicas? Assim a pesquisa é qualitativa do tipo estudo de caso e me apoio na perspectiva da cultura visual para desenvolver dois encontros de experimentação com imagens. Tais encontros ocorreram com crianças de 7 e 8 anos de um 2º ano do ensino fundamental em uma escola da rede estadual de ensino. Como materialidades, eu apresento o diário de campo, relatos de aula, fotos e as produções das crianças. Na análise emergem quatro categorias: Os estudantes assumem posicionamentos investigativos; Os estudantes se posicionam em relação à gostos pessoais e padrões de beleza trazidos consigo; Os estudantes não veem só com os olhos, mas com o corpo todo; e, Os estudantes realizam produções atribuindo novos sentidos e significados. A pesquisa realizada foi capaz de proporcionar experiências sobre o que as imagens poderiam dizer de nós mesmos, atribuindo sentidos e significados para elas e assim produzir pensamento entre arte e ciência a partir destas imagens.