Adolescência, ato infracional e educação : Um estudo de caso em centro de atendimento socioeducativo
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Data
2012Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
A pesquisa foi realizada no Centro de Atendimento Socioeducativo localizado no município de Novo Hamburgo e contou com a participação de 56 adolescentes autores de ato infracional internados nesta instituição. O objetivo deste trabalho foi investigar quais as relações que estes jovens estabelecem com a educação escolar e que sentidos atribuem a ela, além de tentar compreender o alto índice de evasão escolar destes jovens antes de serem internados na Unidade de Internação. A metodologia utilizad ...
A pesquisa foi realizada no Centro de Atendimento Socioeducativo localizado no município de Novo Hamburgo e contou com a participação de 56 adolescentes autores de ato infracional internados nesta instituição. O objetivo deste trabalho foi investigar quais as relações que estes jovens estabelecem com a educação escolar e que sentidos atribuem a ela, além de tentar compreender o alto índice de evasão escolar destes jovens antes de serem internados na Unidade de Internação. A metodologia utilizada na pesquisa possui caráter quanti-qualitativo do tipo estudo de caso. Os principais referenciais teóricos utilizados neste trabalho de pesquisa foram Alba Zaluar, que trata sobre o comportamento e práticas sociais das classes populares, Mário Volpi, que trata sobre o adolescente e o ato infracional, e Carmem Craidy, que tratam sobre medidas socioeducativas e educação. Dentre os resultados obtidos na pesquisa, a maioria dos jovens entrevistados, antes mesmo de serem internados na Fase, já estavam, há muito tempo, excluídos do ambiente escolar, tendo passado por inúmeros “fracassos” escolares. Portanto, a escola já não possuía significados positivos para estes adolescentes. Grande parte dos jovens entrevistados vive em condições financeiras bastante precárias. Muitos precisaram começar a trabalhar cedo para ajudar no sustento da família. Também é frequente a questão do desajuste familiar e do uso de drogas que colaboram para o afastamento deste jovem do ambiente escolar, além da falta de supervisão familiar no que se refere à frequência escolar. A partir da pesquisa realizada, pode-se concluir que há um movimento dinâmico de idas e vindas destes jovens do processo de escolarização e que a escola não constitui prioridade na vida destes sujeitos. As necessidades da vida cotidiana estão em primeiro lugar. No entanto, é preciso lembrar o quanto a própria escola, com suas práticas, rotinas e propostas pedagógicas inadequadas, pode estar sendo responsável pelo afastamento dos alunos que acabam desiludidos pela inadequação da oferta em relação ao que vem buscar. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em EJA e Privados de Liberdade.
Coleções
-
Ciências Humanas (1949)
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