Problematizações sobre o tempo e o espaço para aprender nas classes de primeiro ano do ensino fundamental de nove anos
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Data
2011Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Este trabalho aborda o processo de implementação do Ensino Fundamental de Nove Anos em uma escola pública estadual de Porto Alegre/RS. Ao considerar como referência os documentos Orientações Gerais (2004); Passo a Passo do processo de implantação (2009) do MEC, são analisadas as ações da escola na implementação das reformulações curriculares, enfocando classes de Educação Infantil e de 1º ano. Trata-se de um estudo de caso sobre as concepções vigentes de Currículo que embasam o processo de muda ...
Este trabalho aborda o processo de implementação do Ensino Fundamental de Nove Anos em uma escola pública estadual de Porto Alegre/RS. Ao considerar como referência os documentos Orientações Gerais (2004); Passo a Passo do processo de implantação (2009) do MEC, são analisadas as ações da escola na implementação das reformulações curriculares, enfocando classes de Educação Infantil e de 1º ano. Trata-se de um estudo de caso sobre as concepções vigentes de Currículo que embasam o processo de mudança nesse estabelecimento e quais as repercussões dessa reformulação no tempo e no espaço para as aprendizagens dos alunos. As análises apoiam-se nas ideias de José Gimeno Sacristán, buscando “desnaturalizar” e provocar outras possibilidades de fazeres docentes afins às orientações do MEC e pertinentes aos princípios de um currículo integrado. As abordagens de Mariano Enguita, sobre a escola moderna e suas práticas disciplinares, e de Maria Carmen S. Barbosa, sobre as rotinas e práticas curriculares na Educação Infantil, são colaborativas na constituição das constatações dessa pesquisa. As análises investigativas apontam para um tensionamento entre um suposto processo “natural” de escolarização nas propostas e ações da escola ao implementar as alterações curriculares e as orientações do MEC. Ainda, pode-se depreender que a finalidade da ampliação do Ensino Fundamental de oito para nove anos para oferecer mais tempo aos estudos e aprendizagens dos alunos pouco se efetiva. Percebe-se que as ações de reformulação da escola investigada mantêm reduzido o tempo e o espaço de experienciar, interagir, participar e indagar dos alunos, ou seja, se mantém a crença de que nas classes de 1º ano, em um ano letivo, deva se iniciar e concluir à alfabetização. O processo de ensino-aprendizagem apresenta-se centrado na figura da professora e no que ensinar. As mudanças curriculares no Ensino Fundamental se restringem à revisão de listas de conteúdos para cada ano. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Pedagogia: Licenciatura.
Coleções
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TCC Pedagogia (1400)
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