Saúde mental, arte e escrita : cartografando uma travessia
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2024Author
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Specialization
Abstract in Portuguese (Brasil)
O texto discute a experiência da autora, enquanto residente multiprofissional em saúde mental coletiva, a partir da Oficina Ateliê de Escrita do Centro de Atenção Psicossocial II CAIS MENTAL em Porto Alegre. O desafio é ir além da descrição dos escritos e metodologia do Ateliê, explorando seus efeitos como catalisadores de conectividades no processo formativo da residente, inclusive em outros serviços de saúde e intersetoriais. O texto é estruturado através da metodologia da cartografia para po ...
O texto discute a experiência da autora, enquanto residente multiprofissional em saúde mental coletiva, a partir da Oficina Ateliê de Escrita do Centro de Atenção Psicossocial II CAIS MENTAL em Porto Alegre. O desafio é ir além da descrição dos escritos e metodologia do Ateliê, explorando seus efeitos como catalisadores de conectividades no processo formativo da residente, inclusive em outros serviços de saúde e intersetoriais. O texto é estruturado através da metodologia da cartografia para possibilitar o navegar por esse território vivo, onde a pesquisa é uma experimentação atravessada pela sensibilidade e pelas diversas Relações encontradas no caminho. O Ateliê é concebido como um espaço onde cada participante expressa sua singularidade, explorando a relação com as palavras, com a arte e criando mundos possíveis. Aborda-se também a Reforma Psiquiátrica Brasileira e sua luta contra a manicomialização e medicalização da vida, destacando a importância de forjar novos lugares simbólicos e físicos na sociedade para as pessoas tidas como loucas. Além disso, o texto discute a interseccionalidade e sua importância na compreensão do campo da saúde mental. A arte é vista como um dispositivo para ampliar a visibilidade das experiências humanas, subjetividades e perspectivas. O texto traz reflexões sobre a escrita como forma de subverter normas e criar novas narrativas, desafiando a supressão da Poética da Relação pela norma gramatical e social. Questiona-se se o louco pode escrever e quem o lê, e propõe-se a valorização da escrita, da arte e da Relação (nesse caso, mais importante do que a interpretação) no territória da loucura e da saúde mental, de modo que permita a associação livre, expressão da diferença, insubmissão, transgressão à medicalização da vida e resgate dos sujeitos e seus potenciais. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Coletiva.
Collections
-
Humanities (1978)
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