Leitões excedentes ao número funcional de tetos em fêmeas suínas primíparas : impactos produtivos na leitegada e nas matrizes
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Data
2024Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Outro título
Piglets exceeding the functional number of teats in primiparous sows : productive impacts on the litter and the sows
Assunto
Resumo
Dois estudos foram realizados para avaliar o impacto do tamanho da leitegada sobre o desempenho lactacional e da estimulação da glândula mamária de primíparas sobre o desempenho da lactação subsequente. O primeiro artigo teve por objetivo avaliar os efeitos da equalização de leitegadas com dois leitões excedentes em primíparas durante a fase de lactação e seus impactos sobre as matrizes e o desempenho das leitegadas. Dois grupos foram avaliados: G0 – equalização com mesmo número de leitões e te ...
Dois estudos foram realizados para avaliar o impacto do tamanho da leitegada sobre o desempenho lactacional e da estimulação da glândula mamária de primíparas sobre o desempenho da lactação subsequente. O primeiro artigo teve por objetivo avaliar os efeitos da equalização de leitegadas com dois leitões excedentes em primíparas durante a fase de lactação e seus impactos sobre as matrizes e o desempenho das leitegadas. Dois grupos foram avaliados: G0 – equalização com mesmo número de leitões e tetos funcionais e G+2 – equalização com 2 leitões excedentes, totalizando 292 leitegadas. A equalização ocorreu 6 a 12 horas pós-parto, buscando manter um coeficiente de variação (CV) do peso. As medidas de peso, ECV, caliper e espessura de toucinho (ET) das matrizes foram realizadas no d0 e no dia 21 de lactação. Os leitões foram individualmente pesados no d0, 5 e 21 de idade e foram respectivamente avaliados quanto as lesões de face, corpo e articulações. Foi observado uma tendência para maior perda de peso (P = 0,06), maior perda de ECV e caliper aos 21 dias de lactação (P ≤ 0,04) no G+2. No entanto, não foram observadas diferenças (P ≥ 0,13) nos parâmetros de NEFA e IGF-1 entre os grupos. Embora o percentual de tetos funcionais não diferenciar entre os grupos ao longo da lactação (P ≥ 0,10), ao final da lactação o G0 apresentava uma maior diferença do número de leitões e tetos (-1,84 leitão) comparado ao G+2 (-0,39 leitão), indicando maior otimização de tetos para o G+2. Apesar da diferença significativa no número de leitões ao desmame, o G+2 tendeu (P= 0,06) a ter maior taxa cumulativa de mortes e remoções comparado ao G0. Leitões do G+2 foram mais leves no quinto e no vigésimo primeiro dia, e a taxa de remoção de leitões foi mais alta em fêmeas mais pesadas no G+2. A inclusão de leitões excedentes mostrou potencial para aumentar o número de leitões desmamados/fêmeas/ano e otimizar o uso dos tetos. Contudo ocorreu impactos negativos no cumulativo de mortes e remoções e peso dos leitões até o desmame. No segundo artigo, buscou-se identificar os impactos do maior estímulo na glândula mamária durante a primeira lactação nas fêmeas e a influência sobre a produção e consumo de colostro e leite nos primeiros cinco dias da lactação subsequente. As fêmeas foram classificadas ao final da primeira lactação em Alto Estímulo (AE - ocupação de todos os tetos durante a primeira lactação) e Baixo Estímulo (BE – mínimo 1 teto ocioso ao longo da primeira lactação). Ao final da primeira lactação ocorreu uma maior ocupação de tetos (P < 0,01) para a classe AE (102,26 ± 0,99%) comparado ao BE (89,21 ± 0,99%). Não houve diferença na produção e consumo médio de colostro e leite entre os grupos AE e BE na segunda lactação (P ≥ 0,56). Porém, observou-se uma tendência (P = 0,08) para uma associação de menor produção (r = -0,23) e consumo (r = -0,24) de leite conforme aumentou o número de tetos ociosos ao final da lactação. As análises de desempenho dos leitões, peso individual, ganho de peso da leitegada até o quinto dia de lactação não foram diferentes entre os grupos avaliados (P ≥ 0,14). Os resultados indicaram uma tendência para menor produção de leite até cinco dias da segunda lactação a medida em que aumento ou número de tetos ociosos na primeira lactação. O desempenho zootécnico de leitões e leitegadas não foram influenciados pelos grupos de estimulação da glândula mamária. ...
Abstract
Two studies were performed to evaluate the impact of litter size on lactational performance and the stimulation of the mammary gland in primiparous on the subsequent lactation performance. The first paper aimed to assess the effects of cross-fortering litters with two surplus piglets in primiparous during the lactation phase and its impacts on the sows and the performance of the litters. Two groups were evaluated: G0 – equalization with the same number of piglets and functional teats and G+2 – ...
Two studies were performed to evaluate the impact of litter size on lactational performance and the stimulation of the mammary gland in primiparous on the subsequent lactation performance. The first paper aimed to assess the effects of cross-fortering litters with two surplus piglets in primiparous during the lactation phase and its impacts on the sows and the performance of the litters. Two groups were evaluated: G0 – equalization with the same number of piglets and functional teats and G+2 – equalization with two surplus piglets, totaling 292 litters. The equalization occurred 6 to 12 hours post-partum, aiming to maintain a coefficient of variation (CV) of weight. The sows' weight, CV, caliper, and backfat thickness (BT) were recorded on day 0 and day 21 of lactation. The piglets were individually weighed on days 0, 5, and 21 of age and were respectively evaluated for lesions on the face, body, and joints. A tendency for greater weight loss (P = 0.06) and greater loss of CV and caliper at 21 days of lactation (P ≤ 0.04) was observed in G+2. However, no differences (P ≥ 0.13) in the NEFA and IGF-1 parameters between the groups were observed. Although the percentage of functional teats did not differ between groups throughout lactation (P ≥ 0.10), the G0 showed a greater difference in the number of piglets and teats (-1.84 piglet) compared to G+2 (-0.39 piglet) at the end of lactation, indicating greater optimization of teats for G+2. Despite the significant difference in the number of piglets at weaning, G+2 tended (P= 0.06) to have a higher cumulative rate of deaths and removals than G0. Piglets from G+2 were lighter on the fifth and twenty-first day, and the rate of piglet removal was higher in heavier females in G+2. Including surplus piglets showed the potential to increase the number of weaned piglets/sow/year and optimize the use of teats. However, there were negative impacts on cumulative deaths and removals and the weight of piglets until weaning. The second article aimed to identify the effects of increased stimulation on the mammary gland during the first lactation and the influence on the production and consumption of colostrum and milk in the first five days of the second lactation. The females were classified at the end of the first lactation into High Stimulation (HS - occupation of all teats during the first lactation) and Low Stimulation (LS – at least one teat idle throughout the first lactation). At the end of the first lactation, there was a higher teat occupation (P < 0.01) for the HS class (102.26 ± 0.99%) compared to the LS (89.21 ± 0.99%). There was no difference in the production and average consumption of colostrum and milk between the HS and LS groups in the second lactation (P ≥ 0.56). However, there was a tendency (P = 0.08) for an association of lower production (r = -0.23) and consumption (r = -0.24) of milk as the number of idle teats at the end of lactation increased. The analyses of piglet performance, individual weight, and litter weight gain up to the fifth day of lactation were not different between the evaluated groups (P ≥ 0.14). The results indicated a tendency for lower milk production up to five days into the second lactation as the number of idle teats in the first lactation increased. The mammary gland stimulation groups did not influence the zootechnical performance of piglets and litters. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.
Coleções
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Ciências Agrárias (3295)Ciências Veterinárias (1012)
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