Ritmo, experiência, criação : a mutualidade no contexto da educação infantil
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Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
O presente trabalho investiga as possibilidades de experiências de mutualidade acontecerem no contexto da Educação Infantil a partir de um acompanhamento a uma turma de berçário 1 junto a um projeto de pesquisa-extensão do Núcleo de Estudos em Psicanálise e Infâncias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Partindo do entendimento da mutualidade como fio condutor do processo de desenvolvimento emocional, que inclui um ritmo co-criado, o gradual contato com a externalidade, a capac ...
O presente trabalho investiga as possibilidades de experiências de mutualidade acontecerem no contexto da Educação Infantil a partir de um acompanhamento a uma turma de berçário 1 junto a um projeto de pesquisa-extensão do Núcleo de Estudos em Psicanálise e Infâncias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Partindo do entendimento da mutualidade como fio condutor do processo de desenvolvimento emocional, que inclui um ritmo co-criado, o gradual contato com a externalidade, a capacidade para ter experiências e a abertura para a criação, buscou-se nas filmagens e nos diários clínicos do trabalho de pesquisa-extensão elementos que deram a ver a mutualidade acontecendo entre bebês, educadoras e pesquisadoras. Como resultado, evidenciou-se as vias de mão dupla das interações e os efeitos de reconhecimentos entre os atores mencionados, reverberando nas práticas de cuidado no contexto da Educação Infantil. Constatou-se certa dificuldade das educadoras em realizar uma leitura apurada das necessidades dos bebês quando estes ainda relacionavam-se de forma subjetiva com os objetos e maiores interações e efeitos de reconhecimento na medida em que os bebês cresceram e mostraram-se mais ativos. Além disso, foi a partir da externalização do reconhecimento das pesquisadoras sobre o trabalho das educadoras que elas passaram a se relacionar com os bebês de outra forma. Dessa maneira, o reconhecimento das pesquisadoras pareceu somar-se ao efeito de reconhecimento que os bebês proporcionaram às educadoras na medida em que cresceram e a relação passou de estritamente subjetiva para uma em que a externalidade, aos poucos, fez-se presente. ...
Abstract
The present work investigates the possibilities of mutuality experiences taking place in the context of Early Childhood Education by a follow-up a Nursery 1 class together with a research-extension project of the Center for Studies in Psychoanalysis and Childhood at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). Starting from the understanding of mutuality as a guiding thread in the process of emotional development, which includes a co-created rhythm, gradual contact with externality, the ...
The present work investigates the possibilities of mutuality experiences taking place in the context of Early Childhood Education by a follow-up a Nursery 1 class together with a research-extension project of the Center for Studies in Psychoanalysis and Childhood at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). Starting from the understanding of mutuality as a guiding thread in the process of emotional development, which includes a co-created rhythm, gradual contact with externality, the capacity to have experiences, and openness to creation, we sought in filming and clinical diaries of the research extension work elements that revealed the mutuality happening between babies, educators, and researchers. As a result, the two-way streets of interactions and the effects of recognition between the aforementioned actors became evident, reverberating in care practices in the context of Early Childhood Education. It was found that there was a certain difficulty for educators in carrying out an accurate reading of the babies' needs when they still related subjectively to objects and greater interactions and recognition effects as the babies grew and became more active. Furthermore, it was through the externalization of the researchers' recognition of the educators' work that they began to relate to the babies differently. In this way, the researchers' recognition seemed to add to the effect of recognition that the babies provided to the educators as they grew and the relationship went from being strictly subjective to one in which the externality, little by little, became present. ...
Resumen
El presente trabajo investiga las posibilidades de experiencias de mutualidad que ocurren en el contexto de la Educación Infantil a través del acompañamiento de una clase de párvulo 1 en conjunto con un proyecto de investigación-extensión en el Centro de Estudios en Psicoanálisis y Infancia de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS). A partir de la comprensión de la mutualidad como hilo conductor en el proceso de desarrollo emocional, que incluye un ritmo co-creado, un contacto grad ...
El presente trabajo investiga las posibilidades de experiencias de mutualidad que ocurren en el contexto de la Educación Infantil a través del acompañamiento de una clase de párvulo 1 en conjunto con un proyecto de investigación-extensión en el Centro de Estudios en Psicoanálisis y Infancia de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS). A partir de la comprensión de la mutualidad como hilo conductor en el proceso de desarrollo emocional, que incluye un ritmo co-creado, un contacto gradual con la exterioridad, la capacidad de tener experiencias y la apertura a la creación, buscamos en los rodajes y diarios clínicos de la investigación elementos de trabajo de busca y extensión que revelaron la mutualidad que sucede entre bebés, educadores e investigadores. Como resultado, se hicieron evidentes las vías de doble sentido de las interacciones y los efectos de reconocimiento entre los actores antes mencionados, repercutiendo en las prácticas de cuidado en el contexto de la Educación Infantil. Existía cierta dificultad para los educadores a la hora de realizar una lectura precisa de las necesidades de los bebés cuando todavía se relacionaban subjetivamente con los objetos y mayores interacciones y efectos de reconocimiento a medida que los bebés crecían y se volvían más activos. Además, fue a través de la exteriorización del reconocimiento de los investigadores al trabajo de los educadores que comenzaron a relacionarse con los bebés de una manera diferente. De esta manera, el reconocimiento de los investigadores pareció sumarse al efecto de reconocimiento que los bebés brindaban a los educadores a medida que crecían y la relación pasó de ser estrictamente subjetiva a una en la que la externalidad, poco a poco, se hacía presente. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia, Serviço Social, Saúde e Comunicação Humana. Programa de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura.
Coleções
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Ciências Humanas (7479)
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