O genocídio armênio entre restos e testemunhos : inscrever aquilo que insiste em não se inscrever
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Data
2023Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A presente dissertação de mestrado buscou analisar e discutir e os efeitos psíquicos decorrentes do genocídio armênio, realizado no ano de 1915 por parte dos turcos-otomanos. Para tanto, buscou-se analisar restos testemunhais e narrativas de sobreviventes do genocídio, bem como dos seus descendentes. Por meio do aporte psicanalítico, encontrou-se respaldo nas noções de negacionismo, trauma, desmentido e testemunho, as quais permitiram ampliar o debate sobre tal questão no campo da psicanálise. ...
A presente dissertação de mestrado buscou analisar e discutir e os efeitos psíquicos decorrentes do genocídio armênio, realizado no ano de 1915 por parte dos turcos-otomanos. Para tanto, buscou-se analisar restos testemunhais e narrativas de sobreviventes do genocídio, bem como dos seus descendentes. Por meio do aporte psicanalítico, encontrou-se respaldo nas noções de negacionismo, trauma, desmentido e testemunho, as quais permitiram ampliar o debate sobre tal questão no campo da psicanálise. O trabalho teve como objetivo promover discussões acerca do genocídio armênio, pautado numa ética do testemunho como via de resistência frente as consequências nefastas do silenciamento, do não reconhecimento e do descrédito associados ao tema. Identificou-se, assim, que a modalidade do testemunho pode produzir meios de simbolização e de contorno do excesso produzido pela catástrofe, circunscrevendo o real com palavras e possibilitando a perlaboração de um legado traumático. Reconhece-se a importância do testemunho como fundamento para a reconstrução da História e das histórias silenciadas por meio do negacionismo. Enquanto um processo de pesquisa mediado pela transferência e pela ética psicanalítica, buscou-se discutir o genocídio como a violência mais radical, aquela que busca exterminar a categoria de pertencimento a humanidade. Desta forma, este estudo teve como intuito contribuir com o desenvolvimento de uma leitura psicanalítica do laço social e sua face de crueldade, ressaltando que o enfrentamento da violência perpassa por abordar os traumas da História, o que mostra-se possível por meio dos testemunhos. ...
Abstract
This master's dissertation sought to analyze and discuss the psychic effects resulting from the Armenian Genocide, carried out in 1915 by the Ottoman Turks. Therefore, we sought to analyze testimonial remains and narratives of genocide survivors, as well as their descendants. Through the psychoanalytical contribution, support was found in the notions of negationism, trauma, denial and testimony, which allowed to broaden the debate on this issue in the field of psychoanalysis. The objective of t ...
This master's dissertation sought to analyze and discuss the psychic effects resulting from the Armenian Genocide, carried out in 1915 by the Ottoman Turks. Therefore, we sought to analyze testimonial remains and narratives of genocide survivors, as well as their descendants. Through the psychoanalytical contribution, support was found in the notions of negationism, trauma, denial and testimony, which allowed to broaden the debate on this issue in the field of psychoanalysis. The objective of the work was to promote discussions about the Armenian Genocide, based on an ethics of testimony as a means of resistance against the harmful consequences of silencing, non-recognition and discredit associated with the theme. It was identified, therefore, that the modality of the testimony can produce means of symbolization and contour of the excess produced by the catastrophe, circumscribing the real with words and allowing the elaboration of a traumatic legacy. The importance of testimony is recognized as a foundation for the reconstruction of History and stories silenced through negationism. As a research process mediated by transference and psychoanalytic ethics, we sought to discuss genocide as the most radical violence, the one that seeks to exterminate the category of belonging to humanity. In this way, this study aimed to contribute to the development of a psychoanalytical reading of the social bond and its face of cruelty, emphasizing that the confrontation of violence permeates by addressing the traumas of History, which is shown to be possible through the testimonies. ...
Resumen
Esta disertación de maestría buscó analizar y discutir los efectos psíquicos resultantes del Genocidio Armenio, llevado a cabo en 1915 por los turcos otomanos. Por lo tanto, buscamos analizar restos testimoniales y narrativas de sobrevivientes del genocidio, así como de sus descendientes. A través del aporte psicoanalítico, se encontró apoyo en las nociones de negacionismo, trauma, negación y testimonio, lo que permitió ampliar el debate sobre este tema en el campo del psicoanálisis. El objetiv ...
Esta disertación de maestría buscó analizar y discutir los efectos psíquicos resultantes del Genocidio Armenio, llevado a cabo en 1915 por los turcos otomanos. Por lo tanto, buscamos analizar restos testimoniales y narrativas de sobrevivientes del genocidio, así como de sus descendientes. A través del aporte psicoanalítico, se encontró apoyo en las nociones de negacionismo, trauma, negación y testimonio, lo que permitió ampliar el debate sobre este tema en el campo del psicoanálisis. El objetivo del trabajo fue promover discusiones sobre el Genocidio Armenio, a partir de una ética del testimonio como medio de resistencia frente a las nefastas consecuencias del silenciamiento, el no reconocimiento y el descrédito asociadas al tema. Se identificó, entonces, que la modalidad del testimonio puede producir medios de simbolización y contorno del exceso producido por la catástrofe, circunscribiendo lo real con palabras y permitiendo la elaboración de un legado traumático. Se reconoce la importancia del testimonio como base para la reconstrucción de la Historia y de los relatos silenciados a través del negacionismo. Como proceso de investigación mediado por la transferencia y la ética psicoanalítica, buscamos discutir el genocidio como la violencia más radical, aquella que busca exterminar la categoría de pertenencia a la humanidad. De esta forma, este estudio tuvo como objetivo contribuir al desarrollo de una lectura psicoanalítica del lazo social y su rostro de crueldad, destacando que el enfrentamiento de la violencia permea el abordaje de los traumas de la Historia, lo que se muestra posible a través de los testimonios. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura.
Coleções
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Ciências Humanas (7540)
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