O contraste da saúde na população de Porto Alegre : diferenças entre negros e brancos

Abstract

Intodução: A população de Porto Alegre é formada por minoria negra, porém, basta uma rápida observação sobre os dados para percebermos os contrastes em relação à qualidade de vida e informações de saúde entre brancos e negros. Contexto de estudo: A saúde da população é decorrente, em grande parte, das condições em que as pessoas, nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem. Embora os princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade, e outras políticas tenham sido criadas com o intuito de reconhecer a diversidade do povo brasileiro, não foi o suficiente para superar as barreiras enfrentadas pela população negra no acesso à saúde. Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever os dados disponíveis em relação à saúde, e fatores que impactam diretamente na qualidade de vida da população do município de Porto Alegre. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com análise de dados quantitativos encontrados sobre o município de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, que está localizado no Sul do Brasil no período de 2010 a 2022. Análise dos resultados: Os Distritos Sanitários Restinga e Nordeste são os que apresentam a maior proporção de negros em Porto Alegre, assim como os piores índices de desocupação da população, e aparecem entre as últimas posições em relação ao IDH dentre os demais. Também estão entre as mais baixas expectativas de vida comparado a outras regiões do Município. Além disso, os negros compunham maior proporção de pessoas com renda abaixo de meio salário mínimo, e escolaridade mais baixa em relação aos brancos. Conclusão: Por meio deste estudo foi possível observar que, apesar das estratégias realizadas pelo Município para redução das desigualdades em saúde entre os grupos autodeclarados brancos e negros, ainda existem grandes diferenças. A cidade apresenta uma população negra minoritária, porém, vulnerável.

Introduction: The southern region has the lowest percentage of black people in the country, and Rio Grande do Sul is the 2nd state with the lowest proportion of selfdeclared black people. The population of Porto Alegre is made up of a black minority, however, a quick look at the data is enough to see the contrasts in terms of quality of life and health information between whites and blacks. Study context: The health of the population is largely due to the conditions in which people are born, grow up, live, work and age. Although the SUS itself establishes health as a right for all, and brings with it the principles of universality, equity and comprehensiveness, and other policies were created with the aim of recognizing the diversity of the Brazilian people, it was not enough to overcome the barriers faced by the black population in access to health. Objective: This study aimed to describe the available data in relation to health and factors that directly impact the quality of life of the population of the city of Porto Alegre. Method: This is a bibliographical research, with analysis of quantitative data found about the city of Porto Alegre, capital of the state of Rio Grande do Sul, located in the south of Brazil in the period from 2010 to 2022. Analysis of the results: The Sanitary Districts Restinga and Nordeste are those with the highest proportion of blacks in the city of Porto Alegre, as well as the worst unemployment rates of the population and appear among the last positions in relation to the HDI among the others. They are also among the lowest life expectancies compared to other regions of the Municipality. In addition, blacks made up a greater proportion of people with income below half the minimum wage, and lower education compared to whites. Conclusion: Through this study, it was possible to observe that, despite the strategies carried out by the municipality of Porto Alegre to reduce health inequalities, there are still large differences between self-declared white and black groups. The capital of the State of Rio Grande do Sul has a minority black population, however, vulnerable.