Centralidade, rede urbana e regionalização da saúde : um estudo sobre a Região dos Vales/RS no contexto da pandemia do Coronavírus
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Data
2022Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A pandemia da Covid-19, até 28 de fevereiro de 2022, gerou 28.796.571 número de casos e 649.437 número de mortes no Brasil. Desde que foi confirmado o primeiro caso no país, o número de casos aumentou nas cidades conforme a sua posição e papel na rede urbana. Os primeiros casos surgiram nos grandes centros urbanos, avançando até as cidades médias e, posteriormente, nas cidades pequenas e áreas rurais. Utilizou-se como objeto empírico a Região dos Vales do Rio Grande do Sul, formada pelas sub-re ...
A pandemia da Covid-19, até 28 de fevereiro de 2022, gerou 28.796.571 número de casos e 649.437 número de mortes no Brasil. Desde que foi confirmado o primeiro caso no país, o número de casos aumentou nas cidades conforme a sua posição e papel na rede urbana. Os primeiros casos surgiram nos grandes centros urbanos, avançando até as cidades médias e, posteriormente, nas cidades pequenas e áreas rurais. Utilizou-se como objeto empírico a Região dos Vales do Rio Grande do Sul, formada pelas sub-regiões contíguas dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs) Vale do Rio Pardo e do Vale do Taquari. A pesquisa teve como tema principal a centralidade, a rede urbana e a regionalização de saúde existentes. Analisaram-se as relações de centralidade regional das cidades médias, utilizando o recorte locacional de Santa Cruz do Sul e Lajeado, adotando o problema da pesquisa os fluxos decorrentes das demandas por atendimento de saúde pública no contexto da Covid-19, utilizando o recorte temporal entre março de 2020 e março de 2022. Também buscou-se entender os fluxos gerados pela saúde pública, seus desdobramentos no território e se estes impactaram nas múltiplas geografias possíveis, como, nos múltiplos lugares, municípios, centros urbanos e paisagens da região, no território e na vida das pessoas. Os procedimentos metodológicos apoiaram-se principalmente na metodologia de pesquisa documental, utilizando dados secundários de órgãos públicos nacionais e estaduais, como o Censo Demográfico do IBGE (2010, 2020), Estimativa populacional do IBGE (2020), REGIC 2018 — IBGE (2020), a Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES RS) (2020) e o portal DATASUS (2022). Apesar das dificuldades metodológicas encontradas, o objetivo principal foi alcançado, apresentando resultados relevantes e conclusões importantes para os estudos urbanos. A escrita da dissertação foi realizada durante a pandemia, o que trouxe desafios adicionais. A pesquisa enfrentou obstáculos para coletar dados, devido à quantidade de sistemas do Ministério da Saúde para acessá-los e a instabilidade desses sistemas. As análises confirmaram a relação entre a estrutura e funcionamento da rede urbana e a regionalização da saúde, através da distribuição espacial da oferta de serviços e equipamentos de saúde na região estudada. Houve uma maior ocorrência de fluxos com destino a estabelecimentos de saúde, estes com alta tecnologia e alto custo (Alta Complexidade), em direção a cidades (municípios) de maior centralidade e hierarquia na rede urbana regional, reforçando, durante a pandemia, as interações espaciais previamente existentes. Como consequência disso, verificou-se que os serviços de saúde foram sobrecarregados. ...
Abstract
The Covid-19 pandemic, until February 28, 2022, resulted in 28,796,571 number of cases and 649,437 number of deaths in Brazil. Since the first case was confirmed, the number of cases increased in cities according to their position and role in the urban network. The first cases emerged in large urban centers, advancing to medium-sized cities and later to small cities and rural areas. The empirical object used in this study was the Região dos Vales of Rio Grande do Sul, formed by the contiguous s ...
The Covid-19 pandemic, until February 28, 2022, resulted in 28,796,571 number of cases and 649,437 number of deaths in Brazil. Since the first case was confirmed, the number of cases increased in cities according to their position and role in the urban network. The first cases emerged in large urban centers, advancing to medium-sized cities and later to small cities and rural areas. The empirical object used in this study was the Região dos Vales of Rio Grande do Sul, formed by the contiguous sub-regions of the Regional Development Councils (COREDEs) of Vale do Rio Pardo and Vale do Taquari. The main theme of the research was centrality, urban network, and existing health regionalization. The regional centrality relationships of medium-sized cities were analyzed, using the locational cut of Santa Cruz do Sul and Lajeado, adopting the research problem of the flows resulting from demands for public health care in the context of Covid-19, using the time frame between March 2020 and March 2022. The study also sought to understand the flows generated by public health, their implications in the territory and whether they impacted the multiple possible geographies, such as multiple places, municipalities, urban centers, and landscapes of the region, on the territory and people's lives. The methodological procedures were mainly supported by documental research methodology, using secondary data from national and state public agencies, such as the Demographic Census of IBGE (2010, 2020), Population Estimate of IBGE (2020), REGIC 2018 - IBGE (2020), the Health Department of the State of Rio Grande do Sul (SES-RS) (2020), and the DATASUS portal (2022). Despite the methodological difficulties encountered, the main objective was achieved, presenting relevant results and important conclusions for urban studies. The dissertation was written during the pandemic, which brought additional challenges. The research faced obstacles in collecting data due to the number of Ministry of Health systems required to access the data and the instability of these systems. The analyzes confirmed the relationship between the structure and functioning of the urban network and health regionalization, through the spatial distribution of the supply of health services and equipment in the studied region. There was a higher occurrence of flows towards health establishments, with high technology and high cost (High Complexity), towards cities (municipalities) with higher centrality and hierarchy in the regional urban network, reinforcing, during the pandemic, the previously existing spatial interactions. As a consequence of this, it was found that health services were overloaded. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura. Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6072)
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