Potencialidades e desafios do cuidado em saúde mental a crianças e adolescentes na atenção primária à saúde do Município de Guaíba (RS)
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Data
2022Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado profissional
Tipo
Assunto
Resumo
Historicamente, o cuidado à saúde mental infantojuvenil deu-se de forma fragmentada e em espaços vinculados à educação e assistência social. Com o movimento da reforma psiquiátrica, foi abraçado pelo campo da saúde, entretanto, de forma tardia, passou a compor a agenda da política de saúde mental quando comparado aos adultos. Nas últimas cinco décadas, avanços aconteceram e, recentemente, assistimos à proposição da Rede de Atenção Psicossocial, que ampliou os pontos de atenção, trazendo o enten ...
Historicamente, o cuidado à saúde mental infantojuvenil deu-se de forma fragmentada e em espaços vinculados à educação e assistência social. Com o movimento da reforma psiquiátrica, foi abraçado pelo campo da saúde, entretanto, de forma tardia, passou a compor a agenda da política de saúde mental quando comparado aos adultos. Nas últimas cinco décadas, avanços aconteceram e, recentemente, assistimos à proposição da Rede de Atenção Psicossocial, que ampliou os pontos de atenção, trazendo o entendimento de que o cuidado não se dá somente em serviços especializados. Sendo a atenção primária à saúde a principal porta de entrada dessa rede, o presente estudo visou realizar um levantamento, junto aos profissionais que atuam nesse nível de atenção no município de Guaíba (RS), das potencialidades e desafios do cuidado à população infantojuvenil com demandas de saúde mental. Tratou-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, na qual foi utilizada a entrevista semiestruturada como instrumento de coletas de dados. A análise dos dados deu-se a partir da análise de conteúdo, tal como proposta por Bardin (2016), e resultou na elaboração de seis categorias temáticas. Constatou-se como potência do cuidado a utilização das tecnologias leves e ferramentas relacionais, como também o trabalho em equipe, implicado e colaborativo. A estrutura física acolhedora e materiais adequados ao atendimento do público infantojuvenil, assim como a motivação dos usuários e familiares para o tratamento foram citados como potencialidades quando presentes, mas como dificultadoras da assistência quando faltantes. Quanto aos desafios, levantou-se dentre eles: a superação do modelo biomédico de cuidado, ampliação da articulação de ações a nível intersetorial; implicação das equipes em relação aos encaminhamentos entre pontos de atenção; além de formação dos profissionais de saúde em consonância com a política de saúde mental infantojuvenil e a educação em trabalho. Em consonância com os resultados levantados no presente estudo, foram elaborados dois produtos técnicos: uma cartilha abordando o tema saúde mental infantojuvenil na atenção primária à saúde e um relatório de pesquisa. ...
Abstract
Historically, mental health care for children and adolescents has taken place in a fragmented way, and in spaces linked to education and social assistance. With the psychiatric reform movement, it was embraced by the health field; however, it belatedly became part of the mental health policy agenda when compared to that concerning adults. In the past five decades, there have been advances, and recently we have seen the proposal of the Psychosocial Care Network, which expanded the sites of care, ...
Historically, mental health care for children and adolescents has taken place in a fragmented way, and in spaces linked to education and social assistance. With the psychiatric reform movement, it was embraced by the health field; however, it belatedly became part of the mental health policy agenda when compared to that concerning adults. In the past five decades, there have been advances, and recently we have seen the proposal of the Psychosocial Care Network, which expanded the sites of care, within the notion that care does not occur solely in specialized services. As primary health care is the main gateway to such network, the present study surveyed primary health professionals from the municipality of Guaíba (RS) on potentialities and challenges concerning mental health care of children and youths. We gathered qualitative data through semi-structured interviews. Data analysis was based on content analysis, as proposed by Bardin (2016), and gave rise to six thematic categories. Strength of care comprised the use of so-called soft technologies and relational tools, as well as committed and collaborative teamwork. Welcoming physical environment and adequate materials to care for children and adolescents, as well as the motivation of users and family members for treatment, were cited as strengths when present, but rather as obstacles to proper care when lacking. As to challenges, the following become apparent: overcoming the biomedical model of care, expanding the articulation of actions at an intersectoral level; committing teams in referrals between points of care; and training health professionals in line with child and youth mental health policies and work education. The results of the study induced the making of two technical products: a primer on child and adolescent mental health in primary health care and a research report. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde.
Coleções
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Ciências da Saúde (9127)Ensino na Saúde (135)
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