Racismo algorítmico e seu impacto em influenciadores digitais negros no Instagram, Twitter e TikTok

Abstract

O racismo algorítmico é caracterizado pelo comportamento dos algoritmos de forma racista com indivíduos não brancos através de diversos segmentos tecnológicos. A presente monografia consiste em uma pesquisa sobre o racismo algorítmico e seu impacto nos influenciadores digitais negros no Instagram, Twitter e TikTok, buscando identificar se eles reconhecem a ação dos algoritmos atuando de forma racista dentro de seus conteúdos. Para alcançar esse objetivo, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas (GIL, 2008) com três influenciadores representando cada plataforma. A partir da metodologia de Análise de Conteúdo, de acordo com as definições de Bardin (2016), foi possível identificar cinco categorias relevantes em relação à pesquisa: 1) “Percepção sobre o racismo algorítmico nas plataformas”, 2) “Situações que já vivenciaram ou identificaram”, 3) “Neutralidade dos algoritmos”, 4) “Disparidade entre influenciadores negros e influenciadores brancos” e 5) “Medidas que acreditam serem importantes para o combate”. A análise tem como quadro teórico o racismo estrutural, racismo algorítmico, além de conceituações e reflexões sobre os algoritmos. Como resultado da pesquisa, é possível afirmar que os influenciadores entrevistados percebem a ação dos algoritmos de forma racista nos seus conteúdos. Além também de observarem que esse comportamento dos algoritmos não ocorre com indivíduos brancos de forma negativa e que também eles devem ter cuidado com o posicionamento deles nas plataformas para não serem boicotados por alguma ação algorítmica.

Algorithmic racism is characterized by the behavior of algorithms in a racist way with non-white individuals through various technological segments. This monograph consists of research on algorithmic racism and its impact on black digital influencers on Instagram, Twitter, and TikTok, seeking to identify whether they recognize the action of algorithms acting in a racist way within their content. To achieve this objective, semi-structured interviews (GIL, 2008) were carried out with three influencers representing each platform. Based on the Content Analysis methodology, according to the definitions of Bardin (2016), it was possible to identify five relevant categories in relation to the research: 1) “Perception of algorithmic racism on platforms”, 2) “Situations that have already been experienced or identified”, 3) “Neutrality of algorithms”, 4) “Disparity between black influencers and white influencers” and 5) “Measures they believe are important for the fight”. The analysis has as its theoretical framework structural racism, algorithmic racism, as well as conceptualizations and reflections on algorithms. As a result of the research, it is possible to affirm that the influencers interviewed perceive the action of algorithms in a racist way in their content. In addition to observing that this behavior of the algorithms does not negatively occur with white individuals. However, they too must be careful with their positioning on the platforms so as not to be boycotted by some algorithmic action.