O aprendizado de um cenógrafo : o processo de criação e as cenografias do Grupo Tear (1982-1987)
Visualizar/abrir
Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
O Grupo Tear é criado em 1980 pela então professora do Departamento de Arte Dramática da UFRGS, Maria Helena Lopes, para investigar o jogo teatral, através das improvisações dos atores, a pesquisa de linguagem e a procura de uma ambientação cênica que favoreça o trabalho dos intérpretes. O trabalho de Maria Helena Lopes é grandemente influenciado pelos métodos da Escola de Jacques Lecoq, bem como pelas as investigações cênicas de Constantin Stanislávski, Gordon Craig e Peter Brook. No período d ...
O Grupo Tear é criado em 1980 pela então professora do Departamento de Arte Dramática da UFRGS, Maria Helena Lopes, para investigar o jogo teatral, através das improvisações dos atores, a pesquisa de linguagem e a procura de uma ambientação cênica que favoreça o trabalho dos intérpretes. O trabalho de Maria Helena Lopes é grandemente influenciado pelos métodos da Escola de Jacques Lecoq, bem como pelas as investigações cênicas de Constantin Stanislávski, Gordon Craig e Peter Brook. No período de 1982 a 1987, Maria Helena Lopes encena três espetáculos que vão inserir o Tear na cena teatral brasileira: Os Reis Vagabundos (1982), Crônica da Cidade Pequena (1984) e Império de Cobiça (1987). Estes três trabalhos têm em comum a cenografia de Fiapo Barth, a iluminação de Luiz Acosta e a música composta e executada ao vivo. Este artigo se propõe a estudar a evolução cenográfica destes espetáculos a partir de entrevistas com o cenógrafo e os atores Sergio Lulkin e Nazaré Cavalcanti, material de imprensa e registros do grupo. A pesquisa aborda o processo de experimentação permanente vivido pelo grupo, que cria um movimento de articulação entre a concepção da encenadora, a criação pelo improviso dos atores e as propostas do cenógrafo. A busca de uma simplicidade cenográfica, que valorize o trabalho de interpretação, aliada à experimentação dos materiais, sem a fixação prévia de um conceito, constituem o aprendizado do cenógrafo e de toda a equipe de criação, permitindo a todos embarcar no processo criativo proposto pela encenadora. ...
Abstract
The theater group Tear is created in 1980 by the then professor of the Department of Dramatic Art at UFRGS, Maria Helena Lopes, to investigate the theatrical game, through the actors’ improvisation, language research and search for a scenic setting that favors the work of the interpreters. The work of Maria Helena Lopes is greatly influenced by Jacques Lecoq´s School methods as well as the scenic investigation of Constantin Stanislavsky, Gordon Craig and Peter Brook. In the period from 1982 to ...
The theater group Tear is created in 1980 by the then professor of the Department of Dramatic Art at UFRGS, Maria Helena Lopes, to investigate the theatrical game, through the actors’ improvisation, language research and search for a scenic setting that favors the work of the interpreters. The work of Maria Helena Lopes is greatly influenced by Jacques Lecoq´s School methods as well as the scenic investigation of Constantin Stanislavsky, Gordon Craig and Peter Brook. In the period from 1982 to 1987, Maria Helena Lopes stages three shows that insert Tear into the Brazilian theatrical scene: Vagabond Kings (1982), Chronicle of the Small Town (1984) and Greed’s Empire (1987). These three works have in common the scenography of Fiapo Barth, the lighting design by Luiz Acosta and the soundtrack of the three plays composed and performed live. This article aims to study the scenographic evolution of these three works through interviews with the scenographer and actors Sergio Lulkin and Nazaré Cavalcanti, press material and group archive material records. This research approaches the permanent experimentation process lived by the group, which creates an articulation movement between the conceptions of the director, the creation by improvisation of the actors and the proposals of the scenographer. The search for a scenographic simplicity, which values the work of interpretation, combined with the experimentation of the materials, without the prior fixation of a concept, constitute the learning process of the scenographer, allowing to all the members of the group to embark on the creative process proposed by stage director. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura. Curso de Especialização em Design Cenográfico.
Coleções
-
Ciências Sociais Aplicadas (3537)
Este item está licenciado na Creative Commons License