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dc.contributor.advisorAraujo, Ives Solanopt_BR
dc.contributor.authorFreitas, Marina Pinto Pizarro dept_BR
dc.date.accessioned2021-03-19T04:19:48Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/219172pt_BR
dc.description.abstractPromover uma educação dialógica e problematizadora, que fomente o engajamento pessoal de cada educando na sua emancipação e na luta pela superação das situações de injustiça e dependência em que se encontra, é o desejo de muitos educadores e educadoras. Alinhado com esse objetivo, o estudo teórico desenvolvido nesta dissertação parte da problematização sobre como o extenso uso de tecnologias proprietárias na educação impõe limitações aos educandos, molda suas formas de agir e pensar. Seu foco está na apresentação de alternativas ao paradigma proprietário no ensino de ciências e tecnologia, em especial o conhecimento aberto, como possibilidade para se concretizar uma educação emancipatória. Defende-se, então, o uso de Recursos Educacionais Abertos à luz da educação freiriana, fomentando assim uma cultura de colaboração e criação crítica e consciente no contexto educacional. Fundamentadas na Teoria da Sociedade do Conhecimento de Nico Stehr e nas ideias de Paulo Freire, as questões de pesquisa que dirigem esta investigação teórica são: i. Qual a concepção de conhecimento aberto originada dos movimentos de código aberto?; ii. Quais as implicações do conhecimento aberto no acesso ao conhecimento em uma sociedade do conhecimento?; iii. Quais as características de uma educação emancipatória em uma sociedade do conhecimento?; e iv. Quais as características e implicações de uma educação emancipatória baseada no conhecimento aberto em uma sociedade do conhecimento?. Inicialmente baseado nas concepções dos movimentos de código aberto e na Teoria de Hiperobjetos de Rafael Pezzi, é construída uma noção de conhecimento aberto como o conjunto obra-documentaçãolicença imerso em uma rede de outros conhecimentos abertos, sustentados pelas filosofias, práticas e ferramentas desses movimentos. Da leitura da TSC, entende-se que o conhecimento aberto diminui a escassez dos conhecimentos incrementais, que são diferenciados por serem adicionais em relação aos conhecimentos ordinários, e atenua barreiras para a formação de habilidades interpretativas e técnicas, ampliando assim as possibilidades de ação. Da articulação dessa leitura com a educação emancipatória, é proposto o conceito de Capacidade de Ação Emancipatória, caracterizada como conhecimentos, habilidades e a consciência necessária para a superação de situações de dependência e injustiça. Assim, maior contribuição na libertação é atribuída aos conteúdos e técnicas de Ciências e Tecnologias (C&T) ensinadas, já que esses têm influência direta e indireta nas oportunidades e modos de vida das pessoas. É também discutido que a formação das capacidades de ação emancipatória ocorre na estrita relação entre a consciência das situações de injustiça, o engajamento na libertação e o domínio das capacidades de ação necessária para a transformação da realidade, individual e coletiva. É nesse último elemento que o conhecimento aberto tem suas principais contribuições. Adicionalmente, uma educação emancipatória amplia as formas de participação social em C&T, favorecendo a produção de alternativas livres, colaborativas e descentralizadas, sem submeterem as pessoas ao controle e vigilância. Por fim, conclui-se que o conhecimento aberto é uma alternativa ao paradigma proprietário no ensino de C&T que pode contribuir para uma educação emancipatória, principalmente nos aspectos de dialogicidade entre reflexão e ação, consciência do lugar no mundo, esperança na, e possibilidades para a, transformação da realidade e criação de conhecimento, engajamento na própria libertação e desburocratização das mentes. As reflexões expostas propõem que o conhecimento aberto seja incorporado à educação emancipatória em C&T com todo seu potencial, não se resumido a ferramentas e materiais, mas como uma complexa rede de conteúdos, práticas e pessoas que, de um viés libertário, fortalecem as capacidades de ação que podem ser mobilizadas para a emancipação.pt_BR
dc.description.abstractMany educators want to promote a dialogical and problematizing education that promotes the personal engagement of each student in their emancipation and in the struggle to overcome situations of injustice and dependence. Aligned with this objective, the theoretical study developed in this dissertation, starts from the argument about how the extensive use of proprietary technologies in education imposes limitations on students, shaping their ways of acting and thinking; focuses on presenting alternatives to the proprietary paradigm in science and technology teaching, especially open knowledge, as a possibility to achieve an emancipatory education. Therefore, the use of Open Educational Resources in the light of Freirian education is advocated, thus fostering a critical and conscious culture of collaboration and creation in the educational context. Based on Nico Stehr's Knowledge Society Theory and Paulo Freire's ideas, the research questions that guide this theoretical investigation are: i. What is the concept of open knowledge originating from open source movements?; ii. What are the implications of open knowledge in accessing knowledge in a knowledge society?; iii. What are the characteristics of an emancipatory education in a knowledge society?; and iv. What are the characteristics and implications of an emancipatory education based on open knowledge in a knowledge society?. Initially based on the concepts of open source movements and Rafael Pezzi's Theory of Hyperobjects, a notion of open knowledge is constructed as the set of work-documentation-license immersed in a network of other open knowledge, supported by these philosophies, practices and tools movements. From the reading of the TSC, it is understood that open knowledge reduces the scarcity of incremental knowledge, which is differentiated by being additional to ordinary knowledge, and reduces barriers to the formation of interpretive and technical skills, thus expanding the possibilities for From the reading of the TSC, it is understood that open knowledge reduces the scarcity of incremental knowledge, which is differentiated by being additional to ordinary knowledge, and reduces barriers to the formation of interpretive and technical skills, thus expanding the possibilities for action. From the articulation of this reading with emancipatory education, the concept of Emancipatory Action Capacity is proposed, characterized as knowledge, skills and the necessary awareness to overcome situations of dependence and injustice. Thus, a greater contribution to liberation is attributed to the contents and techniques of Science and Technology (S&T) taught, since these have a direct and indirect influence on people's opportunities and ways of life. It is also argued that the formation of the capacities for emancipatory action occurs in the strict relationship between the awareness of situations of injustice, the commitment to liberation and the mastery of the capacities for action necessary for the transformation of reality, individual and collective. It is in this last element that open knowledge has its main contributions and contextual issues. Additionally, this education expands the forms of social participation in S&T, favoring the production of free, collaborative and decentralized alternatives of technology and science that measure social participation without subjecting people to control and surveillance. Finally, it is concluded that open knowledge is an alternative to the proprietary paradigm in S&T education that favors emancipatory education, mainly in the aspects of dialog between reflection and action, awareness of the place in the world, hope in, and possibilities for, transformation of reality and creation of knowledge, engagement in the liberation and reduction of bureaucratized minds. The reflections exposed propose that open knowledge be incorporated into emancipatory education in S&T with all its potential, not limited to tools and materials, but as a complex network of contents, practices and people that, from a libertarian perspective, strengthen the capacities of action that can be mobilized for emancipation.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectConhecimento abertopt_BR
dc.subjectOpen knowledgeen
dc.subjectFree technologiesen
dc.subjectTecnologias livrespt_BR
dc.subjectCiência abertapt_BR
dc.subjectOpen scienceen
dc.subjectSociedade do conhecimentopt_BR
dc.subjectKnowledge Societyen
dc.subjectEmancipatory Action Capacityen
dc.titleConhecimento aberto na educação em ciências e tecnologia : um estudo para a construção de uma educação emancipatória em sociedades do conhecimentopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-coHeidemann, Leonardo Albuquerquept_BR
dc.identifier.nrb001123558pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Físicapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ensino de Físicapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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