Maternidade e HIV : retenção e adesão ao tratamento da gestação ao terceiro mês do bebê
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
O objetivo geral do presente estudo foi investigar a retenção ao tratamento de HIV e a adesão à medicação antirretroviral no contexto da maternidade: da gestação ao terceiro mês de vida do bebê. Para tanto, foram realizados dois estudos. O Estudo 1 teve o objetivo de investigar a retenção ao tratamento de HIV e a adesão à medicação antirretroviral de mulheres nos primeiros três meses após o parto. Através de uma abordagem quantitativa, se examinou os fatores sociodemográficos, clínicos e psicos ...
O objetivo geral do presente estudo foi investigar a retenção ao tratamento de HIV e a adesão à medicação antirretroviral no contexto da maternidade: da gestação ao terceiro mês de vida do bebê. Para tanto, foram realizados dois estudos. O Estudo 1 teve o objetivo de investigar a retenção ao tratamento de HIV e a adesão à medicação antirretroviral de mulheres nos primeiros três meses após o parto. Através de uma abordagem quantitativa, se examinou os fatores sociodemográficos, clínicos e psicossociais que afetam a retenção ao tratamento de HIV e a adesão à medicação antirretroviral em mulheres no período após o parto. Participaram 56 mulheres vivendo com HIV, com idades entre 18 e 43 anos. A grande maioria era branca, com baixa escolaridade e casada. A maioria foi diagnosticada antes da gestação atual, e muitas já tinham vivenciado outra gestação com HIV. Os resultados encontrados apoiaram a expectativa inicial de que as mulheres que percebiam maior apoio social apresentariam maiores taxas de retenção após o parto, e que aquelas com carga viral detectável na gestação mais frequentemente não apresentariam adesão após o parto. Já, o Estudo 2, investigou qualitativamente os fatores que favorecem ou dificultam a retenção e a adesão ao tratamento tanto na gestação como no pós-parto. Utilizando uma abordagem de estudo de casos, investigou, em particular, os sentimentos e percepções das mulheres em relação ao seu diagnóstico, seu próprio tratamento e frente ao tratamento preventivo do bebê. Participaram 3 mulheres, com idades entre 21 e 31 anos, que já tinham filhos e eram casadas com parceiros vivendo com HIV. Os resultados encontrados apoiaram a expectativa inicial de que dificuldades para lidar com o próprio diagnóstico afetariam a continuidade do tratamento, e de que aquelas com maior tempo de diagnóstico da infecção pelo HIV apresentariam uma melhor compreensão sobre os benefícios da continuidade do tratamento para sua saúde, facilitando sua retenção e adesão. Juntos, os achados demonstraram que as consultas do prénatal, consultas pediátricas e demais atendimentos no parto e nos três meses de vida do bebê são momentos oportunos para escuta, incentivo e acesso a informações. Destaca-se o relevante papel das atitudes dos profissionais de saúde, inclusive quanto ao apoio emocional, respeito a confidencialidade e direitos reprodutivos destas mulheres. ...
Abstract
The overall objective of the present study was to investigate retention to HIV care and adherence to antiretroviral medication in the context of motherhood: from pregnancy to the third month of the baby's life. Two studies were carried out. One of the studies aimed to investigate retention of care and antiretroviral adherence in women in the first three months after delivery. Through a quantitative approach, sociodemographic, clinical and psychosocial factors affecting HIV retention and antiret ...
The overall objective of the present study was to investigate retention to HIV care and adherence to antiretroviral medication in the context of motherhood: from pregnancy to the third month of the baby's life. Two studies were carried out. One of the studies aimed to investigate retention of care and antiretroviral adherence in women in the first three months after delivery. Through a quantitative approach, sociodemographic, clinical and psychosocial factors affecting HIV retention and antiretroviral adherence in postpartum women were examined. Participants were 56 women living with HIV, aged between 18 and 43 years. The majority were white, with low schooling and married. Most were diagnosed before the current gestation, and many had experienced another pregnancy with HIV. The results supported the initial expectation that women who perceived greater social support would have higher rates of retention after childbirth, and that those with detectable viral load in pregnancy would most often not have indetectable viral load after delivery. The second study, qualitatively investigated the factors that contribute or hinder retention and adherence to treatment in both pregnancy and postpartum. Using a case-study approach, investigated in particular the feelings and perceptions of women regarding their diagnosis, their own care, and the preventive treatment of the baby. Three women, aged between 21 and 31, who had children and were married to partners living with HIV participated. The results supported the initial expectation that difficulties in dealing with the diagnosis itself would affect the continuity of treatment and that those with a longer diagnosis of HIV infection would have a better understanding of the benefits of continuing treatment for their health, facilitating their retention and adherence. Together, the findings showed that prenatal consultations, pediatric consultations, and other consultations during childbirth and during the baby's three months of life are timely moments for listening, encouragement and access to information. It highlights the relevant role of health professionals' attitudes, including emotional support, respect for confidentiality and reproductive rights of these women. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
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