A game-theoretical model of domestic wars on drugs : the case of brazilian favelas
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Data
2020Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Abstract
Since the beginning of the 80s, several countries have launched a war on drugs as their main policy to fight drug trafficking. Such an approach includes a set of drug policies that are intended to discourage the market of those substances, but this method has not been very effective. There are several examples of successful drug empires still operating. In Brazil, for instance, the illegal drug market created a parallel State in some cities, such as Rio de Janeiro and São Paulo, actuating from ...
Since the beginning of the 80s, several countries have launched a war on drugs as their main policy to fight drug trafficking. Such an approach includes a set of drug policies that are intended to discourage the market of those substances, but this method has not been very effective. There are several examples of successful drug empires still operating. In Brazil, for instance, the illegal drug market created a parallel State in some cities, such as Rio de Janeiro and São Paulo, actuating from the inside of favelas (slums). In those places, powerful drug factions supply some public goods the State fail to arrange. The most visible government action is violent confronts with those factions, which may have perverse effects on civilians (e.g stray bullets). We build a model of domestic wars on drugs in those social contexts. Through a dynamic game with perfect information, the interaction between a government, a drug faction, and citizens that live in a favela is studied. The timing is as follows. First, the government chooses the extent of (costly) repression used against the drug faction, which may cause negative externalities on the citizens of the favela. Those individuals must then decide whether to join the faction or the formal labor market. The larger the negative impact from the government’s repression on their lives, the more prone to becoming a criminal they are. Finally, the profit-maximizer drug faction recruits those citizens willing to become drug dealers and chooses the number of guns to buy. Our findings highlight the importance of taking into account the social context of the region when one decides how and to what extent to fight drug trafficking. We show that, if citizens of the favela are myopic, have low risk aversion or are very sensitive to repression, the government’s actions to fight crime may increase the number of people recruited by the faction. In fact, under certain conditions, in equilibrium, the faction’s profit may be increasing in the magnitude of repression. Moreover, the general economic performance of the city or country is another important aspect to be considered, by affecting the individual chances to find a formal job. ...
Resumo
Desde o início dos anos 80, diversos países adotaram a guerra às drogas como principal política de combate ao tráfico de drogas. Esta abordagem inclui um conjunto de políticas anti-drogas com o objetivo de desencorajar o mercado dessas substâncias, porém este método tem se mostrado pouco efetivo, havendo vários exemplos de bem sucedidos impérios de drogas em operação. No caso do Brasil, o comércio ilegal de drogas permitiu a criação de um verdadeiro Estado paralelo em algumas cidades como Rio d ...
Desde o início dos anos 80, diversos países adotaram a guerra às drogas como principal política de combate ao tráfico de drogas. Esta abordagem inclui um conjunto de políticas anti-drogas com o objetivo de desencorajar o mercado dessas substâncias, porém este método tem se mostrado pouco efetivo, havendo vários exemplos de bem sucedidos impérios de drogas em operação. No caso do Brasil, o comércio ilegal de drogas permitiu a criação de um verdadeiro Estado paralelo em algumas cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, atuando dentro do limite de favelas, onde poderosas facções de drogas suprem a necessidade de bens públicos no lugar do Estado. De tal forma, a ação mais observável do governo nessas localidades ocorre através dos confrontos com as facções, podendo gerar efeitos perversos na comunidade (por exemplo, por meio de balas perdidas). Construímos um modelo de guerra às drogas doméstica para este contexto, considerando um jogo dinâmico de informação perfeita da interação entre um governo, uma facção de drogas e cidadãos residentes de favelas. A sequência do jogo é a seguinte. Primeiro, o governo escolhe o nível de repressão (a certo custo) a utilizar contra a facção, podendo causar externalidades negativas na comunidade ao redor. Ao observar essa externalidade, os indivíduos decidem entre aderir à atividade ilegal associada à facção ou ao mercado formal de trabalho. Finalmente, a facção de drogas maximizadora de lucros recruta os indivíduos que optam por participar e decidem o investimento em armas. Nossos resultados apontam para a importância de se considerar o contexto social ao se decidir a política a ser executada no combate às drogas. Mostramos que, se os cidadãos da favela são míopes, têm baixa aversão ao risco ou são muito sensíveis à repressão, a ação do governo pode contribuir para aumentar o número de pessoas recrutadas pela facção. Sob certas condições, em equilíbrio, os lucros da facção podem até crescer à certo nível de repressão governamental. Ainda, a performance da economia do país também pode impactar este resultado, ao contribuir ou não para aumentar as chances dos indivíduos encontrarem empregos formais. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-Graduação em Economia.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6071)Economia (1102)
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