Ambiente familiar, estresse e desempenho neuropsicológico em crianças
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Data
2014Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Questionam-se quais, de que forma, o quanto e quando os fatores do ambiente familiar impactam no desempenho infantil em avaliações neuropsicológicas. No Brasil, especialmente, poucos estudam abordam o tema, mesmo existindo diferenças evidentes entre o desempenho acadêmico e cognitivo de crianças brasileiras de baixo e alto nível socioeconômico (NSE). Apesar de se tratar de um assunto conhecido, existem poucas evidências empíricas que possam fundamentar ações de prevenção e proteção ao desenvolv ...
Questionam-se quais, de que forma, o quanto e quando os fatores do ambiente familiar impactam no desempenho infantil em avaliações neuropsicológicas. No Brasil, especialmente, poucos estudam abordam o tema, mesmo existindo diferenças evidentes entre o desempenho acadêmico e cognitivo de crianças brasileiras de baixo e alto nível socioeconômico (NSE). Apesar de se tratar de um assunto conhecido, existem poucas evidências empíricas que possam fundamentar ações de prevenção e proteção ao desenvolvimento infantil. Partindo da necessidade de investigar empiricamente essa temática no Brasil, o primeiro estudo pesquisou a relação entre nível socioeconômico e quociente de inteligência e desempenho em linguagem, memória e funções executivas em 419 crianças (6-12 anos). O NSE contribuiu com 28% para o desempenho em QI, 28% para linguagem, 19% para memória verbal, 36% para a memória de trabalho e 25% para as funções executivas, sendo os maiores efeitos do NSE foram encontradas principalmente entre os seis e nove anos. Dentre os prováveis mediadores desse efeito, o ambiente familiar (NSE e funcionamento familiar) e o sistema de resposta ao estresse da criança parecem exercer papel fundamental. O segundo estudo revisou sistematicamente a literatura que relaciona NSE, estresse e desempenho cognitivo. Dez estudos foram selecionados com base nos critérios de inclusão, em seis bases de dados. De maneira geral, a maior reatividade ao estresse relaciona-se ao baixo NSE e a um desempenho neuropsicológico inferior, mas há poucas evidências empíricas que apoiam de forma consistente a relação entre as três variáveis. O terceiro estudo investigou a interação entre fatores do ambiente familiar, a variação do estresse (níveis de cortisol salivar pré e pós tarefas neuropsicológicas) e o desempenho em memória de trabalho e funções executivas em 70 crianças. Aspectos do ambiente familiar (NSE e funcionamento familiar) na primeira infância estão relacionados à reatividade ao estresse e ao desempenho das crianças em idade escolar em tarefas de memória de trabalho e funções executivas. Conclui-se, nas amostras brasileiras estudadas, que o fatores do ambiente familiar em diferentes momentos da vida da criança e a reatividade ao estresse impactam no desempenho cognitivo, especialmente entre os seis e nove anos das crianças. ...
Abstract
It is questioned what, how, how much and when the family environment factors impacting on children's performance in neuropsychological evaluations. In Brazil, especially, few study addressing this subject, even though there are obvious differences between the academic and cognitive performance in Brazilian children of low and high socioeconomic status (SES). Although this is a known issue, there is little empirical evidence to support prevention and protection to child development. Starting fro ...
It is questioned what, how, how much and when the family environment factors impacting on children's performance in neuropsychological evaluations. In Brazil, especially, few study addressing this subject, even though there are obvious differences between the academic and cognitive performance in Brazilian children of low and high socioeconomic status (SES). Although this is a known issue, there is little empirical evidence to support prevention and protection to child development. Starting from the need to empirically investigate this issue in Brazil, the first study investigated the relationship between socioeconomic status and IQ, language, memory and executive functions performance in 419 children (6-12 years old). SES explained 28% of the variance in IQ, 28% in language, 19% in verbal memory, 36% in working memory and 25% in executive functions, and the greatest effects of NSE were found mainly between six and nine years. Among the likely mediators of this effect, the family environment (family functioning and SES) and the stress response system seem to play a key role. The second study systematically reviewed the literature relating SES, stress and neuropsychological performance. Ten studies were selected based on the inclusion criteria in six databases. In general, the greater reactivity to stress is related to low SES and a lower neuropsychological performance, but there is little empirical evidence to support consistently the relationship between the three variables. The third study measure the interaction between the family environment factors, the stress variation (salivary cortisol levels before and after neuropsychological tasks) and performance on working memory and executive functions tasks in 70 children. Aspects of the family environment (family functioning and SES) in infancy are related to stress variation and performance of school children in working memory and executive functions tasks. In conclusion, in the studied Brazilian samples, family environment factors at different times in a child's life and reactivity to stress impact on cognitive performance, especially between six and nine years of children. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
Coleções
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Ciências Humanas (7479)Psicologia (695)
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