Influência do ciclo de vida na relação entre governança corporativa e financial distress : estudo das companhias abertas brasileiras
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Data
2020Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A presente pesquisa objetiva analisar a influência do ciclo de vida da firma na relação entre governança corporativa e financial distress nas companhias listadas na B3 S/A - Brasil, Bolsa, Balcão (B3) nos anos de 2010 a 2018. Dessa forma, efetuou-se uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental, utilizando-se dos dados disponíveis nos bancos de dados da Economatica® e da Bloomberg®, assim como nos Formulários de Referência das companhias não financeiras listadas na B3, com fluxos de caixa ...
A presente pesquisa objetiva analisar a influência do ciclo de vida da firma na relação entre governança corporativa e financial distress nas companhias listadas na B3 S/A - Brasil, Bolsa, Balcão (B3) nos anos de 2010 a 2018. Dessa forma, efetuou-se uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental, utilizando-se dos dados disponíveis nos bancos de dados da Economatica® e da Bloomberg®, assim como nos Formulários de Referência das companhias não financeiras listadas na B3, com fluxos de caixa não zerados. A análise foi efetuada com base na regressão de dados em painel, para 138 companhias, utilizando-se Mínimos Quadrados Generalizados (GLS), com a estimação de Hausman-Taylor, além da regressão quantílica. Por meio do método de sinais de fluxo de caixa da Dickinson (2011), classificou-se as empresas nas etapas de nascimento, crescimento, maturidade, turbulência e declínio para o período de análise. Com relação ao financial distress, examinou-se quatro proxies para representar o sofrimento financeiro, sendo elas: o Z-score clássico de Altman (1968); o Z-score de Martins e Ventura (2020), adaptado do modelo de Altman, Baydia e Dias (1979) para realidade atual das companhias brasileiras; o indicador de default em um ano da Bloomberg, que representa a probabilidade de inadimplência das companhias da amostra no próximo ano; e o indicador de default em cinco anos, indicando a probabilidade de inadimplência a longo prazo. Como mecanismos de governança corporativa, analisou-se os mecanismos internos e externos. Como mecanismos internos, utilizou-se: tamanho do conselho de administração; não dualidade do cargo de Diretor Executivo (CEO) e Presidente do Conselho; percentual de ações ordinárias; concentração dessas ações em posse do controlador; e plano participação dos executivos lucros da companhia. Já como mecanismos externos, analisou-se: percentual de ações em circulação (Free Float); qualidade da auditoria externa; e classificação da empresa no nível diferenciado da B3 denominado de Novo Mercado. Ademais, controlou-se a análise com a utilização de variáveis atreladas ao desempenho organizacional, como: tamanho da companhia, retorno do ativo, retorno das ações e oportunidade de crescimento. Os resultados auferidos demonstraram que, de forma geral, tantos os mecanismos internos, quanto externos, se mostraram significantes em relação às proxies de financialdistress, denotando influência significativamente distinta entre eles para as companhias da amostra. Ainda, verificou-se que as etapas do ciclo de vida afetam significativamente a relação entre os mecanismos e o sofrimento financeiro, de forma distinta em cada etapa do ciclo de vida. Ademais, nota-se que, para as variáveis da pesquisa, os mecanismos externos de governança corporativa demonstraram resultados mais significantes ao longo da vida das companhias quando analisadas sob o enfoque do financial distress. Assim, a pesquisa contribui para o enriquecimento da literatura e debate a respeito sobre o tema, ressaltando a importância da análise das características de cada etapa do ciclo de vida empresarial, de modo a minimizar problemas de agência relacionados a conflitos de interesses e assimetria da informação, na utilização de mecanismos internos e externos de governança corporativa para mitigar problemas a probabilidade de financial distress. ...
Abstract
This research aims to analyze the influence of the firm's life cycle on the relationship between corporate governance and financial distress in the companies listed in B3 S/A - Brasil, Bolsa, Balcão (B3) in the years 2010 to 2018. Thus, this is a quantitative, descriptive and documentary research, using the data available in the databases of Economatica® and Bloomberg®, as well as in the Reference Forms of the non-financial companies listed in B3, with non-zero cash flows. The analysis was perf ...
This research aims to analyze the influence of the firm's life cycle on the relationship between corporate governance and financial distress in the companies listed in B3 S/A - Brasil, Bolsa, Balcão (B3) in the years 2010 to 2018. Thus, this is a quantitative, descriptive and documentary research, using the data available in the databases of Economatica® and Bloomberg®, as well as in the Reference Forms of the non-financial companies listed in B3, with non-zero cash flows. The analysis was performed based on panel data regression, for 138 companies, using Generalized Least Squares (GLS), with the Hausman-Taylor estimation, in addition to the quantile regression. Using Dickinson's cash flow sign method (2011), companies were classified in the stages of birth, growth, maturity, turbulence and decline for the analysis period. With regard to financial distress, four proxies were examined to represent financial distress, namely: Altman's classic Z-score (1968); Z-score by Martins and Ventura (2020), adapted from the Altman, Baydia and Dias (1979) model for the current reality of Brazilian companies; Bloomberg's one-year default indicator, which represents the probability of default by the sample companies in the coming year; and the five-year default indicator, indicating the probability of long-term default. As corporate governance mechanisms, internal and external mechanisms were analyzed. As internal mechanisms, we used: size of the board of directors; non-duality of the position of Executive Director (CEO) and Chairman of the Board; percentage of common shares; concentration of these shares held by the controller; and plan for the profit sharing of the company's executives. As for external mechanisms, it was analyzed: percentage of shares in circulation (Free Float); quality of the external audit; and classification of the company in the differentiated level of B3 called Novo Mercado. In addition, the analysis was controlled with the use of variables linked to organizational performance, such as: company size, return on assets, return on shares and growth opportunity. The results obtained showed that, in general, both internal and external mechanisms were significant in relation to financial distress proxies, showing a significantly different influence between them for the companies in the sample. Still, it wasfound that the stages of the life cycle significantly affect the relationship between the mechanisms and financial suffering, differently in each stage of the life cycle. In addition, it is noted that, for the research variables, the external mechanisms of corporate governance have shown more significant results over the life of companies when analyzed under the financial distress approach. Thus, the research contributes to the enrichment of the literature and debate on the subject, emphasizing the importance of analyzing the characteristics of each stage of the business life cycle, in order to minimize agency problems related to conflicts of interest and information asymmetry, in the use of internal and external corporate governance mechanisms to mitigate the probability of financial distress problems. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6097)
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