Cadernos de Rafaela : análise do desenvolvimento de um vocabulário gráfico para letra manuscrita nos três primeiros anos do Ensino Fundamental
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Data
2019Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A presente monografia foi organizada em torno da seguinte questão: como se desenvolveu o vocabulário gráfico de escrita manuscrita nos cadernos de uma criança nos três primeiros anos do ensino fundamental? O objetivo geral tratou de analisar as formas de apropriação dos traçados da escrita das letras. Metodologicamente, foi realizada uma análise documental do material empírico que integra este trabalho, a saber, três cadernos escolares (2014-2016) pertencentes a uma criança que cursou do 1º ao ...
A presente monografia foi organizada em torno da seguinte questão: como se desenvolveu o vocabulário gráfico de escrita manuscrita nos cadernos de uma criança nos três primeiros anos do ensino fundamental? O objetivo geral tratou de analisar as formas de apropriação dos traçados da escrita das letras. Metodologicamente, foi realizada uma análise documental do material empírico que integra este trabalho, a saber, três cadernos escolares (2014-2016) pertencentes a uma criança que cursou do 1º ao 3º ano do ensino fundamental em escola da rede privada de ensino, na cidade de Porto Alegre. No que diz respeito ao seu respaldo teórico, o estudo lançou mão de autores como Camini (2010; 2013), Baptista; Viana; Barbeiro (2011), Baldi (2012), Silveira (2016; 2018a; 2018b; 2018c), Fetter; Lima; Cattani (2017), Fetter; Cattani; Lima (2018). Foram definidas três unidades de análise: 1) letra bastão; 2) letra script; e 3) letra cursiva. Como resultados sobre o vocabulário gráfico da criança, a pesquisa evidenciou: 1) Em relação ao tipo de letra: a) no 1º ano, a criança utilizou a letra bastão do início ao final do ano letivo, sendo iniciado o uso da letra script no mês de novembro; b) no 2º ano, a criança utiliza a letra bastão durante o primeiro quadrimestre e, a partir de maio, passa a utilizar a letra cursiva, sendo a letra script acionada eventualmente entre fevereiro e maio; c) no 3º ano, apenas a letra cursiva foi utilizada. Esses dados indicaram que a letra script foi menos utilizada do que as demais, podendo-se supor que cumpriu a função de introduzir a coordenação entre letras maiúsculas e minúsculas, bem como a elaboração do conceito de proporcionalidade, do uso da linha mediana e do cruzamento da linha de base pelas hastes descendentes. 2) Em relação às formas de apropriação dos traçados das letras: a) no 1º ano, a criança utilizou a letra bastão do início ao final do ano letivo, sendo iniciado o uso da letra script no mês de novembro; b) no 2º ano, a criança utiliza a letra bastão durante o primeiro quadrimestre e, a partir de maio, passa a utilizar a letra cursiva, sendo a letra script acionada eventualmente entre fevereiro e maio; c) no 3º ano, apenas a letra cursiva foi utilizada. Esses dados indicaram que a letra script foi menos utilizada do que as demais, podendo-se supor que cumpriu a função de introduzir a coordenação entre letras maiúsculas e minúsculas, bem como a elaboração do conceito de proporcionalidade, do uso da linha mediana e do cruzamento da linha de base pelas hastes descendentes. 2) Em relação às formas de apropriação dos traçados das letras: a) na letra bastão, os traçados coordenados de forma mais tardia foram as ligações entre a haste e os traços no topo de letras. O traçado do apoio do pé desse tipo de letra na linha de base também foi sendo desenvolvido durante o 1º ano; b) na letra script, inicialmente, a criança traçou apenas até a linha mediana a haste da letra l que deveria subir até a linha superior, deixando-a semelhante à letra i. Diferentemente, isso não ocorreu no traçado das hastes das letras b, d, h, t, que requerem traçado da haste na mesma proporção que o do l; c) por fim, na letra cursiva, os traçados de aquisição mais tardia pela criança foram as hastes descendentes e laçadas das letras g, j, p, z abaixo da linha de base, em vez de acima; a laçada da letra f em direção à esquerda em vez de à direita; o movimento de argola fechada para as letras a, d, g, o, q, em vez do uso do traçado da letra i como base do movimento; e o traçado da letra t, que a criança não utilizou a haste ascendente para descer o traçado pelo mesmo eixo para grafar o pé da letra, adicionando esse traçado a partir da interrupção do fluxo cursivo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Pedagogia: Licenciatura.
Coleções
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TCC Pedagogia (1399)
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