Mobilidades mercantis : trajetórias e estratégias dos homens de negócio fluminenses e sua participação no contrabando com a colônia do sacramento em meados do século XVIII
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Data
2019Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
No império luso setecentista, eram chamados de Homens de Negócio os indivíduos que praticavam o comércio ultramarino – de longas distâncias e elevadas quantias de investimentos e lucros – e que diversificavam sua área de atuação. Eles formavam um grupo de elite entre os demais comerciantes, sendo os responsáveis pela manutenção e reprodução do tráfico transatlântico de escravizados. Neste trabalho, estudaremos um grupo de 29 homens de negócio que viviam no Rio de Janeiro em meados do século XVI ...
No império luso setecentista, eram chamados de Homens de Negócio os indivíduos que praticavam o comércio ultramarino – de longas distâncias e elevadas quantias de investimentos e lucros – e que diversificavam sua área de atuação. Eles formavam um grupo de elite entre os demais comerciantes, sendo os responsáveis pela manutenção e reprodução do tráfico transatlântico de escravizados. Neste trabalho, estudaremos um grupo de 29 homens de negócio que viviam no Rio de Janeiro em meados do século XVIII e que contrabandeavam escravizados para a Colônia do Sacramento como uma dentre várias formas de obterem rendimentos. Nosso objetivo é compreender quais eram as estratégias de mobilidade social desse grupo e como se dava a sua ascensão em uma sociedade de Antigo Regime, em que a riqueza não significava necessariamente status social – embora auxiliasse na conquista deste. Para isso, estudaremos as trajetórias desses agentes a partir de suas escolhas em termos de investimentos comerciais, atuação no tráfico e no contrabando, formação de redes mercantis, obtenção de ofícios prestigiosos, participação em corpos de ordenanças, envolvimento com arrematação de contratos reais e conquista de nobilitação. Mostraremos, assim, algumas das possibilidades disponíveis aos comerciantes de grosso trato no que diz respeito ao acúmulo mercantil e à transformação de suas riquezas em mecanismos de mobilidade social. ...
Abstract
In the 1700’s Portuguese Empire, Homens de Negócio were the individuals engaged in overseas trading – of long distances and high amounts of investments and profits – and who diversified their area of activity. They formed an elite group among the other merchants, being responsible for the maintenance and reproduction of the transatlantic slave trade. In this work, we will study a group of 29 homens de negócio that lived in Rio de Janeiro in the mid-eighteenth century and who smuggled slaves to ...
In the 1700’s Portuguese Empire, Homens de Negócio were the individuals engaged in overseas trading – of long distances and high amounts of investments and profits – and who diversified their area of activity. They formed an elite group among the other merchants, being responsible for the maintenance and reproduction of the transatlantic slave trade. In this work, we will study a group of 29 homens de negócio that lived in Rio de Janeiro in the mid-eighteenth century and who smuggled slaves to Colônia do Sacramento as one of several ways to earn income. Our purpose is to understand the strategies of social mobility of this group and how their ascension was given in an Ancien Régime society, in which wealth did not necessarily mean social status – although aiding in its conquest. For this, we will study the trajectories of these agents from their choices in terms of commercial investments, trafficking and smuggling, formation of mercantile networks, obtaining prestigious occupations, participating in ordinances, involvement with arrematações of royal contracts and the conquest of nobility. We will thus show some of the possibilities available to wholesale dealers in relation to the mercantile accumulation and transformation of their wealth into mechanisms of social mobility. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História.
Coleções
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