Oficina do brincar : um dispositivo clínico lógico-lexical para crianças “que ainda não brincam”
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A pesquisa que dá origem a esta dissertação relaciona-se ao contexto que a originou – o trabalho clínico em um dispositivo coletivo de saúde mental de um CAPSi, a Oficina do Brincar, destinada ao acompanhamento de crianças pequenas com psicopatologias graves relativas a sérios entraves na passagem do infans ao falasser. A partir da pergunta: “quais os fundamentos metodológicos psicanalíticos da Oficina do Brincar no tocante a sua incidência no processo de subjetivação? E quais seus efeitos?” bu ...
A pesquisa que dá origem a esta dissertação relaciona-se ao contexto que a originou – o trabalho clínico em um dispositivo coletivo de saúde mental de um CAPSi, a Oficina do Brincar, destinada ao acompanhamento de crianças pequenas com psicopatologias graves relativas a sérios entraves na passagem do infans ao falasser. A partir da pergunta: “quais os fundamentos metodológicos psicanalíticos da Oficina do Brincar no tocante a sua incidência no processo de subjetivação? E quais seus efeitos?” buscamos a formalização conceitual desta práxis, identificando alguns dos eixos metodológicos da terapêutica desta oficina que justifiquem sua incidência no advento do brincar. Entenderemos neste trabalho o brincar no sentido da operacionalização do fort da, cuja consequência seria, como propomos mais especificamente, um remanejamento topológico radical do sujeito a partir da inscrição de uma nova função posicional na linguagem. Além disso, fazemos uma conjectura que designa o público-alvo da Oficina do Brincar, dito para “crianças que ainda não brincam”, à luz da teoria psicanalítica, mas mantendo uma referência não diretamente comprometida com o diagnóstico nosográfico ou estrutural. Assim, esta dissertação se utiliza de algumas contribuições teóricas da topologia das estruturas – com o termo holófrase – e outras da perspectiva da montagem pulsional – donde vinculamos ao termo para-gramaticalidade – para sustentar a ideia, finalmente, de a Oficina do Brincar enquanto um dispositivo clínico lógico-lexical (conceito esse originalmente utilizado em referência a um dispositivo institucional). Este percorrido ensaístico contará com as articulações conceituais referidas, com aportes descritivos do campo prático (clínico e institucional) e, ainda, com a apresentação de quatro casos, de modo que o conjunto desses elementos compõe um registro, uma memória daquela instituição, dando início ao registro escrito de um patrimônio técnico e histórico desta. ...
Abstract
The research that embases this thesis is about the clinical work of a collective mental health tool at a C.A.P.S.i, named “Play Workshop", to attend toddlers with severe psychopathologies related to language. To answer the question: “what are the psicoanalytical methodological fundaments of the Play Workshop that is related to the development of the subjectivity? And what ares the consequences of this method?”we look for the conceptual formalization of it identifying some of the methodological ...
The research that embases this thesis is about the clinical work of a collective mental health tool at a C.A.P.S.i, named “Play Workshop", to attend toddlers with severe psychopathologies related to language. To answer the question: “what are the psicoanalytical methodological fundaments of the Play Workshop that is related to the development of the subjectivity? And what ares the consequences of this method?”we look for the conceptual formalization of it identifying some of the methodological basis of this therapeutic tool that explains the development of the act of playing. In this text we use the term “play” in the same meaning as the operability of the fort-da, which consequence would be (as we propose in a specific way) a radical topological change of the subject starting at the inscription of a new positional function in the language. Besides that, we rename the target group of the Play Workshop by the psychoanalytical theory, so the group no longer was named as to attend “children that does not play yet”, but we still kept it referred not directly to the nosographic or structural diagnosis. Finally, this thesis uses some theoretical contributions of the structural topology – by the term holophrasis – and others contributions about the pulsional circuit – using the term para-grammaticality – to embase the idea of the Play Workshop as a clinical logical-lexical tool (term originally used to refer a institucional tool). This work is made in reference to the concepts already presented, but even with descriptive contributions os the practical field (clinical and institucional) and presenting four cases. This elements compose the written register of a tecnical and historical patrimony of that institucion. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura.
Coleções
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Ciências Humanas (7479)
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