Do projeto político-pedagógico à ação docente : considerações para o debate da educação inclusiva
Visualizar/abrir
Data
2009Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
Esta monografia discute as dificuldades da efetivação das diretrizes nacionais da educação inclusiva no cotidiano escolar. A partir da acepção foucaultiana, entendemos a escola como uma malha fina e complexa de relações de poder, jogos de verdade e estratégias de resistência. Nesta perspectiva, a resistência é pensada como potência criativa do ser humano. Considerou-se o avanço da legislação no sentido da garantia dos direitos humanos, embora o espaço escolar esteja ainda marcado por práticas e ...
Esta monografia discute as dificuldades da efetivação das diretrizes nacionais da educação inclusiva no cotidiano escolar. A partir da acepção foucaultiana, entendemos a escola como uma malha fina e complexa de relações de poder, jogos de verdade e estratégias de resistência. Nesta perspectiva, a resistência é pensada como potência criativa do ser humano. Considerou-se o avanço da legislação no sentido da garantia dos direitos humanos, embora o espaço escolar esteja ainda marcado por práticas estagnantes de um modelo homogeneizador e excludente, que resiste graças a um regime de verdade que o sustenta. Na trajetória da pesquisa, foram analisados seis projetos político-pedagógicos (PPP's) de escolas da rede municipal de Gravataí que se designavam como sendo inclusivas, entendendo que neles estão inscritos os regimes de verdade daquela comunidade. A análise documental buscou identificar os pontos de visibilidade dos regimes de verdade, os dispositivos que lhes sustentam, bem como as estratégias de resistência ao discurso pedagógico da inclusão. Para isto, foram destacadas dos PPP's passagens que produziram desassossego em uma pesquisadora compromissada com a perspectiva da educação inclusiva, de forma que a pesquisa foi realizada a partir de vivências, sensações, incertezas, na busca de sentidos para o movimento de um campo tomado como complexo, incompleto, não cartesiano. "Foi tecida como um cartógrafo que 'vivencia' as mutações da paisagem enquanto produz sua representação" (ROLNIK, 1989, P.68). Da leitura dos PPP's, surgiram como objetos de análise: o tempo na escola; o currículo funcional; a aprendizagem; a avaliação escolar; as nomenclaturas e a classificações dos alunos que ainda persistem, mesmo diante da inclusão (alunos normais, ditos normais, portadores ou com deficiência, com necessidades educacionais especiais, turma de inclusão, etc.). Ao finalizar, esta monografia sugere alguns aspectos - não prescritivos, mas problematizadores - a serem considerados na construção de propostas pedagógicas que tenham no horizonte a educação inclusiva. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em Educação Especial e Processos Inclusivos.
Coleções
-
Ciências Humanas (1949)
Este item está licenciado na Creative Commons License