O sentido da gestão escolar na construção de processos inclusivos: gestão democrática × gestão gerencialista. Estudo de caso de uma escola municipal de Gravataí na elaboração do PDE-Escola
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Data
2009Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
O propósito deste estudo foi de analisar o sentido da gestão escolar na construção de processos inclusivos na perspectiva da gestão democrática, problematizando o sentido de gestão gerencialista, verificando as possibilidades e os entraves para colocar em prática o paradigma da educação inclusiva. Serão utilizados, neste trabalho, alguns significados da palavra sentido, enfatizando a direção, a significação e a importância da gestão democrática na escola como uma das "rampas de acesso" para con ...
O propósito deste estudo foi de analisar o sentido da gestão escolar na construção de processos inclusivos na perspectiva da gestão democrática, problematizando o sentido de gestão gerencialista, verificando as possibilidades e os entraves para colocar em prática o paradigma da educação inclusiva. Serão utilizados, neste trabalho, alguns significados da palavra sentido, enfatizando a direção, a significação e a importância da gestão democrática na escola como uma das "rampas de acesso" para concretização de processos de ensino e de aprendizagem que contemplem a diversidade, em tempos de ênfase nos modelos de gestão gerencial. Optou-se pela estratégia metodológica de estudo de caso, tomando como estudo as vivências de uma escola municipal de Gravataí referente à gestão e a inclusão, apresentando as contradições presentes frente à elaboração do programa federal PDE-ESCOLA, conceituado como "ferramenta gerencial", fundamentado por uma lógica de gestão gerencialista. Os procedimentos metodológicos seguiram uma abordagem qualitativa. Observou-se, a partir do aprofundamento teórico, das entrevistas aplicadas e depoimentos coletados que a gestão escolar, no sentido da gestão democrática, mobiliza os diferentes segmentos da comunidade escolar na construção de um projeto de educação para emancipação das pessoas, de forma coletiva, participativa, solidária, com ênfase na qualidade social. Porém, a escola ao adotar uma gestão gerencial, atua como uma empresa, o foco está no lucro, na produtividade, na competição e nesse sentido não contempla a educação inclusiva, pois os alunos que apresentam melhores resultados são mais valorizados. A lógica estabelecida é de eficácia, eficiência e qualidade total. Para colocar em prática uma pedagogia inclusiva, faz-se necessário mobilizar, capacitar e envolver todos os segmentos da comunidade escolar, pais, alunos, professores e funcionários envolvidos e atuantes na construção de processos inclusivos para além dos muros da escola. Neste sentido, a escola inclusiva é aquela que abre espaço à participação, onde as diferenças, os preconceitos, as idéias são colocadas por diferentes pontos de vista, promovendo processos de ensino e de aprendizagem, permitindo que todos os alunos do ambiente escolar sejam atendidos em suas necessidades educacionais específicas, sendo estas temporárias ou permanentes. É preciso inovar e inventar uma escola que rompa com o pensamento cartesiano do iluminismo causador das profundas cisões sujeito e objeto, corpo e mente, ciência e natureza, separando o que não podia ser separado, resultando num cotidiano escolar excludente e massificador que nega, ainda hoje, as diferenças, a criatividade, o corpo em privilegio da razão. Portanto, é urgente pensar e construir uma escola pública diferente, democrática, com tempos e espaços de ensino, de aprendizagem e de reflexão diferenciados e com recursos suficientes. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em Educação Especial e Processos Inclusivos.
Coleções
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Ciências Humanas (1949)
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