Tempos de lusco-fusco : arte, política e consciência na formação

Abstract

Este é um trabalho de reflexão sobre minha formação acadêmica e as contradições vividas neste percurso como trabalhadora. É também um acompanhamento do contexto social e político presenciado durante a construção destes escritos. Nesta caminhada, realizei dois encontros com estudantes em formação, coletando 23 registros acerca da apreciação de uma produção audiovisual (videoarte Muto). Com 13 deles estabeleci um diálogo dentro do movimento de Ocupação estudantil, a partir da mediação da própria arte. Neste trabalho, analiso partes de documentos, o qual também contém reflexões, narrativas e uma revisão da bibliografia acerca de conceitos de consciência. À luz de autores como Paulo Freire e Iasi, busco apoio para interpretá-los. A subjetividade dos estudantes posta em diálogo com a objetividade das práticas concretas, traz consigo a capacidade de criticidade do sujeito, é a movimentação da consciência, da experiência individual para a experiência coletiva. São as relações do mundo do trabalho e da arte, atravessando processos políticos no constante exercício da pergunta como possibilidade emancipadora e de resistência. Os grupos se constituem de indivíduos que elaboram de diferentes formas sua subjetividade, os quais se encontram em diferentes estados de consciência. O diálogo como parte do processo para a concretização de um tipo de formação (humana, política), de sociedade, de mundo, é ferramenta fundamental para realizar ações educativas transformadoras.