Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
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Date
2014Author
Academic level
Graduation
Abstract in Portuguese (Brasil)
O presente estudo surge de inquietações acerca das práticas de conversa e da falta delas na Educação Infantil. Diante da percepção de que o diálogo é uma atitude humana existencial e essencial à vida em sociedade, sobretudo na escola infantil, este trabalho teve como foco investigar o que as crianças estão aprendendo sobre conversar, a partir de suas vivências na Educação Infantil, seja pelas conversas espontâneas com outras crianças, ou pelas diferentes situações em que a professora interage c ...
O presente estudo surge de inquietações acerca das práticas de conversa e da falta delas na Educação Infantil. Diante da percepção de que o diálogo é uma atitude humana existencial e essencial à vida em sociedade, sobretudo na escola infantil, este trabalho teve como foco investigar o que as crianças estão aprendendo sobre conversar, a partir de suas vivências na Educação Infantil, seja pelas conversas espontâneas com outras crianças, ou pelas diferentes situações em que a professora interage com as crianças conversando e ou falando com elas. O objetivo geral foi investigar o que as crianças e, também, a professora de uma turma específica de crianças de 5 e 6 anos de uma escola infantil municipal de Porto Alegre, pensam e vivem sobre conversar, o que foi possível a partir de observações e entrevistas semi-estruturadas. Para fundamentar este estudo utilizo como referencial teórico os autores: Freire (2005), Corsaro (2005, 2009, 2011) e Alberoni (1989). A análise aponta que, do ponto de vista das crianças, conversar tem a ver com estar junto com os/as amigos/as para brincar. Durante as brincadeiras as conversas são espontâneas e acontecem para aproximar, para combinar, para barganhar. O ato é intermediado pelas relações de amizade entre elas e pelas características das brincadeiras em que estão envolvidas. Do ponto de vista da professora, tudo o que se refere a conversar, na relação das crianças com outras crianças, é entendido como algo ruim, banal e/ou que é visto como bagunça, desordem e dispersão. Para ela, a conversa bem vinda é aquela formalizada na hora da roda, convocada e dirigida por ela, o que não é considerado conversa, segundo os autores utilizados, é palavreado, enfraquecido no seu poder de troca entre os sujeitos da relação. Considerando que a Educação Infantil precisa e pode ser, de fato, um ambiente e uma etapa privilegiados na vida de uma criança e de suas famílias, entendo que a conversa deva ser ensinada, estimulada e valorizada pelos educadores infantis. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Pedagogia: Licenciatura.
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