Perfil de fonoaudiólogos que atuam em docência nos programas de residência multiprofissional em saúde no Rio Grande do Sul

Abstract

A proposta desta pesquisa foi conhecer o perfil dos fonoaudiólogos que atuam como docentes nos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) no Rio Grande do Sul, caracterizando aspectos sociodemográficos daqueles que atuam como preceptores/tutores, identificando como desempenham sua função e conhecendo sua motivação para este exercício. O estudo foi realizado por meio de um questionário semi-estruturado disponível em um site que deveria ser respondido virtualmente, composto por dezenove questões abertas e fechadas e disponibilizado aos fonoaudiólogos que atuam nas RMS do estado. A investigação teve a participação de 10 fonoaudiólogas em um universo de 15 profissionais. A análise dos dados quantitativos apontou uma população exclusiva de mulheres, com prevalência da faixa etária de 30 a 35 anos, cujo tempo de formação estava entre 9 e 28 anos e que já atuavam junto à RMS entre 1 e 3 anos. As informações qualitativas demonstraram o seguinte: a Fonoaudiologia está inserida há pouco tempo nestes Programas; todas as respondentes cursaram mais de uma pósgraduação; a carga horária dedicada às atividades da residência é considerada insuficiente; existe deficiência nas instalações físicas para o desenvolvimento do programa; a maioria das preceptoras/tutoras não recebe qualquer incentivo para realizar as atividades relativas à RMS; e que sua satisfação com relação ao Programa é boa ou regular.

The purpose of this research was to identify the profile of speech-language therapists who work as preceptors/tutors in Multiprofessional Health Residency (MHR) Programs in Rio Grande do Sul. Sociodemographic aspects, the way their work is accomplished, and their professional motivation with this job were evidenced. This study was conducted though a semi-structured questionnaire nineteen open and closed questions which was made available to the respondents in the web and that should be answered virtually by speech-language therapists who worked in MHR Programs in the state. The survey was answered by 10 speech-language therapists from a universe of 15 professionals. The quantitative data analysis indicated that all of them were women, the age group between 30 and 35 years old as the prevalent one, they graduated between 9 and 28 years ago, and have been working with the MHR between 1 and 3 years. Qualitative information showed that speech therapy has not been inserted in these programs for a long time yet and that all respondents concluded more than one postgraduation course. The number of hours dedicated to the residency activities is insufficient for the accomplishment of all tasks demanded, the establishments are not appropriate for the development of the educational actions, the majority of the preceptors/tutors does not receive any incentive to carry out their MHR activities, and their satisfaction with the Program is good or regular.