Paleocanais como indicativo de eventos regressivos quaternários do nível do mar no sul do Brasil
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Data
2008Autor
Tipo
Assunto
Resumo
Estudos sísmicos revelam paleocanais que dissecaram a região costeira do Rio Grande do Sul. Dois sistemas de paleocanais foram estabelecidos para a área da Lagoa dos Patos. O preenchimento do sistema de canais mais jovem e´Holoceno. Ele e´relacionado à última regressão marinha do Pleistoceno, correspondendo ao estágio isotópico 2 do oxigê nio. O processo de incisão e preenchimento do sistema mais antigo é relacionado ao evento regressivo-transgressivo anterior, correspondendo aos estágios isotó ...
Estudos sísmicos revelam paleocanais que dissecaram a região costeira do Rio Grande do Sul. Dois sistemas de paleocanais foram estabelecidos para a área da Lagoa dos Patos. O preenchimento do sistema de canais mais jovem e´Holoceno. Ele e´relacionado à última regressão marinha do Pleistoceno, correspondendo ao estágio isotópico 2 do oxigê nio. O processo de incisão e preenchimento do sistema mais antigo é relacionado ao evento regressivo-transgressivo anterior, correspondendo aos estágios isotópicos do oxigênio 6-5. As linhas de paleodrenagens foram conectadas àquelas previamente reconhecidas na plataforma continental. À montante, elas podem ser conectadas ao curso atual dos rios Camaquã e Jacuí. As redes de paleodrenagens reconhecidas na zona costeira representam um sistema de ligação entre a bacia de drenagem continental e sítios deposicionais na bacia marginal, dissecando a plataforma continental exposta durante um evento de regressã o forçada. A descarga do sistema mais jovem alimentou sistemas deltaicos instalados da borda da plataforma durante o período de mar baixo que perdurou até o final da última glaciação. A última transgressão afogou e preencheu os vales costeiros, fechando a ligação entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Os sistemas de paleodrenagens aqui considerados devem ter desempenhado um papel importante na arquitetura, distribuição faciológica e no espaço de acomodação da bacia marginal durante as oscilações do nível marinho no Quaternário. ...
Abstract
Seismic studies reveals paleochannels that dissected the Rio Grande do Sul coastal zone. Two paleochannels systems were established in the Patos Lagoon area. The channel filling of the younger system is Holocene. It is related to the last marine regression of the Pleistocene, corresponding to the oxygen isotope stage 2. The incision and filling of the older system is related to the previous regressive-transgressive event, corresponding to the oxygen isotope stages 6-5. The paleodrainage paths w ...
Seismic studies reveals paleochannels that dissected the Rio Grande do Sul coastal zone. Two paleochannels systems were established in the Patos Lagoon area. The channel filling of the younger system is Holocene. It is related to the last marine regression of the Pleistocene, corresponding to the oxygen isotope stage 2. The incision and filling of the older system is related to the previous regressive-transgressive event, corresponding to the oxygen isotope stages 6-5. The paleodrainage paths were connected with those previously recognized on the adjacent continental shelf. Landwards, the paleodrainage lines can be linked with the present courses of the Camaquã and Jacuí rivers. The paleodrainage network recognized on the coastal zone represents a river-shelf system, linking the drainage basin to the depositional settings on the marginal basin, bypassing the continental shelf exposed during a forced regression event. The bypassing discharge of the younger system fed delta systems installed on the shelf edge during the sea level lowstand that lasted until the end of the last glaciation. The last transgression drowned the incised drainage, infilling it and closing the inlets formerly existing between the Patos Lagoon and the Atlantic Ocean. The incised paleodrainage herein considered may have played an important role on the basin-margin architecture, facies distribution and accommodation during the Quaternary sea level oscillations. ...
Contido em
Revista brasileira de geofísica. vol. 26, n. 3 (jul./set. 2008), p.367-375
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