Levantamento populacional do bugio-ruivo (Alouatta clamitans) e do macaco-prego (Sapajus nigritus) em fragmentos florestais de Mata de Araucária em Fazenda Souza, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
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Data
2012Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
A perda e a alteração estrutural das florestas são as maiores ameaças à conservação dos primatas. No Rio Grande do Sul há três espécies de primatas não-humanos: o bugio-preto (Alouatta caraya, Humboldt 1812), o bugio-ruivo (A. clamitans, Cabrera 1940) e o macaco-prego (Sapajus nigritus, Goldfuss 1809). A primeira está associada ao bioma Pampa e as duas últimas ao bioma Mata Atlântica, que inclui as Florestas Ombrófilas Mistas (Mata de Araucária). Para a conservação destas espécies os levantamen ...
A perda e a alteração estrutural das florestas são as maiores ameaças à conservação dos primatas. No Rio Grande do Sul há três espécies de primatas não-humanos: o bugio-preto (Alouatta caraya, Humboldt 1812), o bugio-ruivo (A. clamitans, Cabrera 1940) e o macaco-prego (Sapajus nigritus, Goldfuss 1809). A primeira está associada ao bioma Pampa e as duas últimas ao bioma Mata Atlântica, que inclui as Florestas Ombrófilas Mistas (Mata de Araucária). Para a conservação destas espécies os levantamentos populacionais são fundamentais para descoberta de novas populações, para o mapeamento de suas áreas de ocorrência, e para avaliação de sua presença, principalmente em áreas antropizadas. Alem disto, tem aplicações práticas, tais como o monitoramento de doenças (como a febre amarela), subsídio para licenciamento ambiental e avaliação do impacto dos agroecossistemas sobre as populações de vertebrados. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a presença/ausência de populações de bugios-ruivos e macacos-pregos no distrito de Fazenda Souza, Caxias do Sul, em fragmentos florestais da Mata de Araucária, inseridos em uma matriz de agroecossistemas. O levantamento iniciou com a utilização do método de seleção de informantes por grupos de referência. As áreas informadas como de possível ocorrência das espécies foram visitadas. O registro do bugio-ruivo foi realizado através de visualização direta ou vocalização associada ao encontro de fezes; já o macacoprego foi registrado através de armadilhas fotográficas instaladas no dossel. Foram obtidos 13 registros de A. clamitans distribuídos em três zonas e um registro de S. nigritus em uma área de simpatria com o bugio-ruivo. Os resultados sugerem uma relativa facilidade em encontrar grupos de bugios e uma grande dificuldade em registrar macacos-prego. Sugere-se a realização de estudos que avaliem a influência das características da paisagem sobre as populações destes primatas. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Especialização em Diversidade e Conservação da Fauna.
Coleções
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Ciências Biológicas (182)
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