A saúde das mulheres lésbicas : uma pesquisa bibliográfica
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Data
2012Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
A pesquisa teve como objetivo conhecer a produção de artigos em Língua Portuguesa sobre a Saúde das Mulheres Lésbicas indexada na Biblioteca Virtual em Saúde no período compreendido entre janeiro de 2000 e janeiro de 2012. Para análise dos documentos resultantes da busca no indexador, foi utilizada metodologia de Análise de Conteúdo. Foram encontrados dez artigos em resultado aos unitermos "homossexualidade feminina", "lésbicas", "saúde da mulher" e "preconceito". Os resultados indicam que os e ...
A pesquisa teve como objetivo conhecer a produção de artigos em Língua Portuguesa sobre a Saúde das Mulheres Lésbicas indexada na Biblioteca Virtual em Saúde no período compreendido entre janeiro de 2000 e janeiro de 2012. Para análise dos documentos resultantes da busca no indexador, foi utilizada metodologia de Análise de Conteúdo. Foram encontrados dez artigos em resultado aos unitermos "homossexualidade feminina", "lésbicas", "saúde da mulher" e "preconceito". Os resultados indicam que os estudos que tratam sobre a temática das mulheres lésbicas totalizam um número muito inexpressivo, se comparado aos estudos sobre a homossexualidade masculina, o que indica um duplo preconceito. A mulher traz o histórico de ter sido, por muito tempo, reconhecida somente por meio do masculino e sempre sendo dominada por ele. Então, além de estarem em segundo plano, as mulheres em questão possuem uma orientação sexual diferente da estabelecida, sendo consideradas como desviantes. O preconceito se intensifica na medida em que, além de serem mulheres, são mulheres lésbicas. A análise das publicações revelou um conjunto de necessidades, sendo que, no âmbito do SUS, a abertura para a participação e o controle social vem possibilitando que grupos sociais estigmatizados questionem a dificuldade de acesso e reivindiquem a resolução de suas demandas específicas. Demonstram o receio das mulheres lésbicas, especialmente nas questões que dizem respeito à sexualidade e às práticas sexuais, de enfrentar atitudes de violência e de discriminação que dificultam a abertura diante dos profissionais de saúde. Além disso, os persistentes modelos de sexualidade heteronormativo e de gênero que se refletem na organização dos serviços de saúde, muitas vezes, parecem os fatores determinantes para a não identificação das lésbicas com as questões de saúde "voltadas para mulheres" e para o reforço da ideia de invulnerabilidade às DST/Aids, cujas pesquisas e modelos de prevenção tradicionalmente as têm excluído. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Coleções
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Ciências da Saúde (1509)
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