Reflexos de uma escrita : representações do espelho na literatuta
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Data
2012Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Este trabalho oferece uma reflexão sobre o tema do espelho e as suas representações na literatura. É um primeiro exercício de pesquisa, e uma iniciação à busca e leitura de textos sobre psicologia, imaginário e crítica literária. O corpus de aplicação deste exercício se compõe de cinco textos primários, escolhidos entre os que integram o acervo de leituras do autor. Tais textos foram produzidos em diferentes pontos do tempo e do espaço, e refletem estágios diferentes de desenvolvimento do texto ...
Este trabalho oferece uma reflexão sobre o tema do espelho e as suas representações na literatura. É um primeiro exercício de pesquisa, e uma iniciação à busca e leitura de textos sobre psicologia, imaginário e crítica literária. O corpus de aplicação deste exercício se compõe de cinco textos primários, escolhidos entre os que integram o acervo de leituras do autor. Tais textos foram produzidos em diferentes pontos do tempo e do espaço, e refletem estágios diferentes de desenvolvimento do texto narrativo. O primeiro é o Mito de Narciso, que vem da antiguidade clássica, como narrado por Ovídio; o segundo é o conto folclórico Branca de Neve, na versão dos Irmãos Grimm; o terceiro é o romance O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Os dois últimos textos são contos da literatura brasileira. Ambos se chamam O Espelho: o primeiro tem por autor Machado de Assis e o segundo Guimarães Rosa. Para percorrer essas obras tão variadas, o trabalho se ampara na metáfora criada por Umberto Eco sobre os movimentos do leitor que perambula pelo território da literatura, no livro Seis Passeios pelos Bosques da Ficção. A imagem do espelho é aqui tratada como um símbolo, e o símbolo é definido como um objeto físico ao qual é atribuído um determinado significado. Esse significado muda de acordo com a época, o local ou o grupo de pessoas que lhe conferem essa ou aquela função. Assim, observa-se o que permanece e o que muda na temática do espelho quando utilizada, ao longo de milênios, por culturas e sociedades diferentes, através de gêneros literários diversos. Usamos o conceito lacaniano de estádio do espelho para comentar a evolução de certos conceitos, como interioridade e exterioridade, subjetividade, identidade e fragmentação - sempre ligadas à imagem do espelho - ao longo deste passeio pelo bosque do universo ficcional. Após essas breves reflexões, apontam-se formas como um mesmo símbolo pode, em momentos e circunstâncias distintos, ressignificar, através da representação artística, aspectos da experiência humana. ...
Abstract
This work poses a reflection about the mirror and its representations in literature. It consists of a first exercise in theoretical research, and as an initiation to the search and reading of texts about psychology, imaginary and literary criticism. The corpus of this work consists of five primary texts, chosen among the ones that integrate the author’s pile. These stories were written in different points of space and time, and relate to different stages of development of the narrative text. Th ...
This work poses a reflection about the mirror and its representations in literature. It consists of a first exercise in theoretical research, and as an initiation to the search and reading of texts about psychology, imaginary and literary criticism. The corpus of this work consists of five primary texts, chosen among the ones that integrate the author’s pile. These stories were written in different points of space and time, and relate to different stages of development of the narrative text. The first one is The Myth of Nascissus, as it came to us from the antiquity and retold by Ovid. The second is the folkloric tale Snow White, in the Brothers Grimm’s version; the third is the novel The Picture of Dorian Gray, by Oscar Wilde. The last two short stories come from Brazilian literature. Both of them are named The Mirror: the former was written by Machado de Assis and the latter by Guimarães Rosa. To permeate the reading of such varied stories, this work relies on the metaphor created by Umberto Eco in the book Six Walks in the Fictional Woods, where he compares the reader to an adventurer who roams around the who roams around the literary territory, or the woods of fiction. The image of the mirror is treated here as a symbol, and the symbol is defined as a physical object to which a meaning is granted. This meaning changes according to the age, the place or the group of people who attribute its function. So, we observe what remains and what changes in the mirror`s theme when used, throughout the millennia, by different cultures and societies, applied to different literary genres. The Lacanian concept of mirror stage is used also used to comment on the notions of interiority and exteriority, subjectivity, identity and fragmentation, throughout this walk around the mirror`s woods in the fictional world. From these brief reflections, and in different moments and circumstances, we point to some ways in which a symbol can re-signify, through the artistic representation, aspects of human experience. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Curso de Letras: Português e Inglês: Licenciatura.
Coleções
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TCC Letras (1219)
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