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dc.contributor.advisorSchneider, Sergiopt_BR
dc.contributor.authorFerrari, Dilvan Luizpt_BR
dc.date.accessioned2012-06-28T01:32:25Zpt_BR
dc.date.issued2011pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/49829pt_BR
dc.description.abstractOs agricultores familiares catarinenses vêm reagindo e se adaptando a dois processos relevantes que vem transformando as condições de produção e trabalho ao longo dos últimos anos. O primeiro diz respeito ao aperto econômico que atravessa as diversas atividades desenvolvidas nos diferentes territórios de Santa Catarina. O segundo se refere ao movimento de retorno à demanda por produtos alimentares de qualidade diferenciada que se verifica no contexto dos Países desenvolvidos e também no Brasil. Os agricultores familiares historicamente apresentam estreita relação com os grandes complexos agroindustriais, num processo em que se tornaram fornecedores de matérias-primas para a transformação em produtos padronizados sob o regime de produção industrial. A reação a estes processos vem acontecendo através de inúmeras iniciativas e práticas que buscam um reposicionamento nos mercados agroalimentares, se inserindo de forma autônoma e construindo novos mercados através da produção e processamento de alimentos de qualidade diferenciada, seja artesanal, orgânica, ou na identificação com a cultura e valores do local. As estratégias de integração aos diversos mercados através da construção de novas cadeias agroalimentares vêm se tornando prática recorrente em diversos locais e apresentam estreita relação com a luta constante pelos agricultores familiares por autonomia e progresso, com os processos de desenvolvimento rural e com as mudanças rurais em curso. A emergência desses novos mercados alimentares (de qualidade) pode ser identificada em Santa Catarina através da reconexão das relações entre produtor e consumidor que surge a partir da construção de cadeias agroalimentares curtas. Essas cadeias se caracterizam por enraizar práticas alimentares em relações eco-social locais, criando novos espaços econômicos. Assim, esta tese trata fundamentalmente da construção pelos agricultores familiares catarinenses de cadeias agroalimentares curtas como estratégia de agregação de valor através da inserção nos mercados de produtos com qualidades específicas conformando através da produção e mercantilização de alimentos uma relação de confiança entre produtores e consumidores. Para tanto analisamos três tipos de cadeias curtas em diferentes contextos catarinenses: as cadeias face a face, as de proximidade espacial e aquelas espacialmente estendidas. A partir de três estudos de casos buscamos entender os processos que vem provocando mudanças rurais e alterando dinamicamente as formas de produção, de organização e de integração dos agricultores familiares em novos circuitos mercantis e acirrando a disputa entre os diversos agentes que conformam os distintos mundos do alimento em Santa Catarina. Estas cadeias curtas surgem a partir das relações de proximidade e são tanto causa como resultado da ativa construção de redes por vários atores na cadeia agroalimentar atuando na ressocialização e relocalização dos alimentos em situações de desenvolvimento rural emergentes. Evidenciamos que a inserção dos agricultores familiares nos circuitos mercantis através da produção de alimentos com qualidades diferenciadas a partir da construção de cadeias curtas é uma estratégia que visa ampliação da autonomia e maior apropriação do valor agregado aos produtos com qualidade diferenciada.pt_BR
dc.description.abstractSanta Catarina family farming have been reacting and adapting themselves to two relevant processes that have been transforming production and working condition along the last years. The first one regards the economic pressure which several activities developed in different territories in Santa Catarina face. The second one regards the moving back of the demand for differentiated quality food products that one verifies in the context of developed countries and also in Brazil. Family farming historically present close relation with big agriindustrial complexes, in a process that they become suppliers of raw materials to transform into standardize products under the rule of industrial production. The reaction to these processes are happening through several initiatives and practices that aim at a repositioning in the agri-food food markets, inserting themselves in an autonomous way and building new markets through the production and processing of differentiated quality food, whether artisanal, organic, or in the identification with the local culture and values. The strategies of integration to several new markets through the construction of new agri-food chains has becoming familiar practice in several places and present close relation with the family farmers constant struggle for autonomy and progress, with the processes of rural development and with the rural changes in progress. The emergence of these new agri-food markets (of quality) can be identified in Santa Catarina through the reconnection of the relations between producer and consumer that emerges from the construction of short agrifood chains These chains characterize themselves by rooting food practices in local ecosocial relations, creating new economic spaces. A key characteristic would be its capability to re-socialize or re-spacialize food, allowing consumer to make value judgment. It would mean redefine the relation producer-consumer by giving clear signals about the product origin and the role of this relation in the construction of values and meanings. Thus, this thesis discusses fundamentally the construction by Santa Catarina family farmers of short agri-food chains as an ad value strategy through insertion in markets of products with specific qualities conforming through food production and trade a relation of trust among producers and consumers. To such three short chains in different contexts in Santa Catarina were analysed: the chains face to face, the ones with spatial proximity and the ones spatially extended. From three case studies we aim at understanding the processes that have been provoking rural changes and dynamicly altering the ways of production, organization, and integration of family farmers in new market circuits and stimulating the dispute among several agents that conform distinct food worlds in Santa Catarina. These short chains arise from proximity relations and are both cause and result of the active construction of nets by several actors in agri-food chain acting in the re-socialization and re-location of food in situations of emergent rural development. We made evident that insert family farmers in market circuits through food production with differentiated quality starting from the construction of short chains is a strategy that aims at amplifying autonomy and more appropriation of the added value to products with differentiated quality.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectFamily farmen
dc.subjectDesenvolvimento ruralpt_BR
dc.subjectAgricultura familiarpt_BR
dc.subjectMarketsen
dc.subjectModo de produçãopt_BR
dc.subjectShort agri-food chainsen
dc.subjectSanta Catarinapt_BR
dc.subjectEmbeddednessen
dc.subjectRural developmenten
dc.titleCadeias agroalimentares curtas : a construção social de mercados de qualidade pelos agricultores familiares em Santa Catarinapt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000828691pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Ciências Econômicaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Ruralpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2011pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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