A cultura do masculino : fator de risco para a saúde do homem

Abstract

Este trabalho apresenta uma revisão de literatura que tem o intento de apresentar elementos para expandir as reflexões e discussões acerca da constituição da identidade masculina e sua relação com a saúde. Levando-se em conta que o processo saúde-doença é assentado pelo comportamento dos indivíduos na sociedade, é preciso compreender a edificação do gênero masculino agregado a um conjunto de elementos culturais. Isso pode contribuir para pensarmos em intervenções junto aos homens na busca de estratégias para trazê-los para dentro dos serviços de saúde e possibilitar assim a promoção e prevenção de sua própria saúde. Esta investigação objetiva ainda discutir as compreensões acerca das relações entre ser homem e cuidar da saúde, a partir das representações de homens e suas significações. Será problematizado, a forma como se vêem e percebem o mundo como um risco para sua saúde. Os resultados demonstram o reconhecimento de padrões inadequados de cuidados da saúde masculina, o que apareceu associado aos atributos valorizados pelos modelos de masculinidade hegemônica, como força, poder e invulnerabilidade. A força da cultura informa como a sociedade determina ao indivíduo seu jeito de ser e agir, a conduta e seus hábitos, não produzindo somente modos de vidas, hábitos e costumes, mas determinando também como devem e quando devem adoecer e morrer.