Compreensão do sistema Last Planner de controle da produção segundo a Perspectiva da Linguagem-Ação
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Data
2011Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Desde o surgimento do sistema Last Planner de controle da produção (LPS), no início dos anos 90, vários estudos apontaram a necessidade de compreender a teoria fundamental na qual o sistema é baseado. A Perspectiva da Linguagem‐Ação (LAP) é sugerida na literatura como adequada para compreender o gerenciamento dos compromissos no LPS. Entretanto, os estudos que comparam estas abordagens discutem a relação em um âmbito teórico. Neste sentido, há uma falta de estudos empíricos que tenham investiga ...
Desde o surgimento do sistema Last Planner de controle da produção (LPS), no início dos anos 90, vários estudos apontaram a necessidade de compreender a teoria fundamental na qual o sistema é baseado. A Perspectiva da Linguagem‐Ação (LAP) é sugerida na literatura como adequada para compreender o gerenciamento dos compromissos no LPS. Entretanto, os estudos que comparam estas abordagens discutem a relação em um âmbito teórico. Neste sentido, há uma falta de estudos empíricos que tenham investigado as vantagens de compreender um sistema de planejamento segundo a LAP. O objetivo deste trabalho é analisar os benefícios e limitações da utilização da Perspectiva da Linguagem‐ Ação para avaliar sistemas de planejamento e controle da produção, com ênfase nos níveis de médio e curto prazo. Foram realizados dois estudos de caso em empresas diferentes, ambas com um bom nível de maturidade na utilização do LPS, mas que apresentavam diferenças substanciais na forma de realizar o planejamento e controle da produção. Durante a condução dos estudos foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com engenheiros, auxiliares e encarregados; observação direta ao canteiro de obras; análise de documentos; e participação nas reuniões de planejamento de médio e curto prazo como fontes de evidência. Em cada um dos casos foi realizado um mapeamento das redes de compromissos relativas ao planejamento, bem como uma análise aprofundada sobre como são realizadas as reuniões, como os compromissos são gerenciados e quem efetivamente participa da tomada de decisão. Em ambos os estudos foi possível rastrear como os compromissos são iniciados. Este rastreamento levou a uma análise sobre a integridade dos ciclos nas redes de compromissos, e as consequências dessas falhas para o sistema de planejamento. Finalizadas as análises individuais foi feita uma análise cruzada dos casos estudados, em que foi possível perceber as diferenças das abordagens de cada empresa na condução do planejamento. As análises dos casos indicaram que existem alguns problemas presentes no sistema de planejamento que são melhor compreendidos através da análise das redes de compromissos. Além disso, as análises das reuniões apontaram algumas limitações no método proposto na literatura para avaliar as discussões entre duas pessoas que levam a execução de uma ação. Desta forma, este estudo elaborou um método que tornou possível analisar os acordos estabelecidos nas reuniões de planejamento, de maneira a contornar as limitações encontradas. ...
Abstract
Since the Last Planner™ System (LPS) was devised in the early Nineties, several studies have pointed out the need to understand the underlying theory in which it is based on. The Language‐Action Perspective (LAP) has been suggested as a suitable approach to understand the management of commitments in the LPS. However, there is a lack of empirical studies that have investigated the utility of LAP as a theoretical approach for explaining the LPS. This study aims to investigate the benefits and th ...
Since the Last Planner™ System (LPS) was devised in the early Nineties, several studies have pointed out the need to understand the underlying theory in which it is based on. The Language‐Action Perspective (LAP) has been suggested as a suitable approach to understand the management of commitments in the LPS. However, there is a lack of empirical studies that have investigated the utility of LAP as a theoretical approach for explaining the LPS. This study aims to investigate the benefits and the limitations of the Language‐Action Perspective for evaluating the effectiveness of planning and control systems, emphasizing medium and short term planning. Two case studies were carried out in different construction companies, both of them highly experienced on the use of LPS. Interviews with the people involved in planning meetings, direct observation of the construction sites, participation in planning meetings, and documents analysis were the main sources of evidence. In each company, the production planning and control system of one project was assessed, based on the mapping of the network of commitments regarding the medium and short term planning levels. Besides, an in‐depth analysis of planning meetings was made, describing how they were carried out, who effectively participated in decision‐making, and how the commitments were managed. In both studies, it was possible to track how the commitments were initiated, and in some cases to analyse the integrity of the workflow loops in the network of commitments, and the consequences of the failures for the planning and control system. A cross‐case analysis was carried out, in order to compare the managerial approaches of the two companies. The results pointed out some problems in the planning and control processes that can be better understood through the mapping of the network of commitments. Moreover, the study indicated some limitations of the method proposed in the literature for analysing people’s speech. For that reason, this study devised a method to perform a detailed analysis of planning meetings, in order to overcome those limitations. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil.
Coleções
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