Totalidade e fragmento : as imagens técnicas e a construção do olhar na condição pós-moderna

Abstract

O presente trabalho se propõe a investigar a atuação das imagens técnicas no jogo entre totalidade e fragmento, uma vez que estas imagens surgem no seio da Modernidade, introduzindo o fragmento nas sociedades totais, em íntima relação com seus ideais de controle, e se transformam, já sob a Condição Pós-Moderna, quando toda a sociedade experimenta a fragmentação, em imagens hegemônicas, em torno do que orbitam todas as novas relações sociais. As investigações começam no período antropocêntrico com o advento da fotografia e terminam no tecnocentrismo pensando os media como espaço totalizador pela produção e difusão de tais imagens. A conceitualização de totalidade, fragmento e também de Condição Pós-Moderna vem do trabalho de Jean-François Lyotard (1993). A Modernidade é aprofundada com Alain Touraine (1995), e da Modernidade à Pós-Modernidade, Ciro Marcondes Filho (1991, 1993, 1994, 2000) é o mais presente. Para pensar o advento da fotografia, o autor eleito é André Rouillé (2009), enquanto as imagens técnicas são aprofundadas com Vilém Flusser (1998) e Jean Baudrillard (1997), que é também referência nos questionamos acerca da virtualidade e das novas condições impostas pela comunicação.