Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorPaulon, Simone Mainieript_BR
dc.contributor.authorNogueira, Cássio Strebpt_BR
dc.date.accessioned2025-09-24T06:57:40Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/297320pt_BR
dc.description.abstractPartindo de nossa inserção como psicólogos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) brasileiro, em um Centro de Referência de Assistência Social de uma cidade da zona rural do sul do país, a presente pesquisa visa problematizar as possibilidades de resistência à necropolítica vigente no Estado brasileiro através da recusa do trabalhador das políticas públicas de se tornar um mero operador do desmonte em curso e das mortes que ele acarreta. Investiga, ainda, a viabilidade de se usar a forma estatal para potencializar a força de produção do comum. Dentro do campo da pesquisa-intervenção, utilizamo-nos da cartografia como método, a fim de nos guiarmos nos fluxos constituintes do território em questão nos encontros cotidianos do trabalhador com os usuários do SUAS, lançando mão do uso de diários de campo. Para tanto, foram descritas quatro linhas de força que compõem o campo em questão. Na primeira linha, investigamos a formação do território, seu presente e sua formação histórica: um local com herança indígena, negra e europeia, atravessado pela escravidão, que comparece com sua ancestralidade e heranças no cotidiano da assistência social. Na segunda linha, acompanhamos o paradigma da colonialidade, como se dão seus efeitos na constituição de seres humanos dignos de direitos e como, em contraposição a estes, uma sub-humanidade passível de exploração, morte e descarte. Constam, também, os efeitos das políticas públicas compensatórias e seu posterior desmonte na lógica da necropolítica. A seguir, na terceira linha, acompanhamos a micropolítica do trabalho na assistência social, como se dão os processos de trabalho e os encontros com os usuários do SUAS no ofício com a gestão da fome e da miséria a serviço do Estado brasileiro. Atravessados de cima a baixo com a história da escravidão, ela se atualiza cotidianamente nos encontros produzidos. Assim, na quarta e última linha, temos os movimentos de resistência criadora no trabalho com o Estado necropolítico brasileiro e suas possibilidades de produção de mais vida. Por fim, nas considerações finais pensamos no dilema ético de ser um operador do Estado necropolítico, que vai contrariamente à formação em psicologia e ao objetivo das políticas públicas. Propomos, desse modo, que é preciso retomar o caráter político da profissão, no sentido de reassumir a dimensão pública da política na produção do comum, visando a constituição de um novo sujeito político que possa construir outra história sobre si.pt_BR
dc.description.abstractStarting from our insertion as psychologists of the Brazilian Unified Social Assistance System (SUAS) in a Social Assistance Reference Center in a city in the rural area of the south of the country, this research aims to problematize the possibilities of resistance to the necropolitics currrent in the Brazilian State through the public policy worker's refusal to become a mere operator of the ongoing dismantling and the deaths it entails. It also investigates the viability of using the state form to enhance the power of production of the commons. Within the field of intervention research, we used cartography as a method in order to guide ourselves in the constituent flows of the territory in question in the daily encounters of the worker with the SUAS users, making use of the field diaries. Four lines of force that make up the field in question were described. In the first line, we investigate the formation of the territory, its present and its historical formation: a place with indigenous, black and European heritage, crossed by slavery, which appears with its ancestry and legacies in the daily life of social assistance. In the second line, we follow the paradigm of coloniality, how its effects occur in the constitution of human beings worthy of rights and how, in opposition to these, a subhumanity subject to exploitation, death and discard. There are also the effects of compensatory public policies and their subsequent dismantling in the logic of necropolitics. Next, in the third line, we follow the micropolitics of work in social assistance, how the work processes and meetings with SUAS users in the occupation with the management of hunger and extreme poverty at the service of the Brazilian State. Crossed from top to bottom with the history of slavery, it is updated daily in the meetings produced. In the fourth and last line, we have the creative resistance movements at work with the Brazilian necropolitical State and its possibilities of producing more life. In the final considerations, we think about the ethical dilemma of being an operator of the necropolitical State, which goes against training in psychology and the objective of public policies. We propose that it is necessary to resume the political character of the profession in order to reassume the public dimension of politics in the production of the common, aiming at the constitution of a new political subject that can build another story about itself.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSocial psychologyen
dc.subjectAtuação do psicólogopt_BR
dc.subjectFomept_BR
dc.subjectUnified social assistance systemen
dc.subjectNecropolíticapt_BR
dc.subjectCartographyen
dc.subjectSistema Único de Assistência Social (SUAS)pt_BR
dc.subjectCaraá (RS)pt_BR
dc.titleA gestão da fome pelo estado : pode um psicólogo no SUAS não operar a necropolítica vigente?pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001293817pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucionalpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples