Esteróides sexuais e densidade mineral óssea em um modelo animal de osteoporose
Visualizar/abrir
Data
2002Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
A osteoporose pós-menopausa caracteriza-se por perda acelerada de massa óssea e alteração da microarquitetura, aumentando o risco de fraturas. Modelos experimentais com ratas idosas ooforectomizadas são adequados para investigar os efeitos da deficiência estrogênica e terapias de reposição hormonal, reproduzindo características humanas, como maior perda de osso trabecular, diminuição da absorção de cálcio e resposta semelhante ao tratamento com estrogênio e outros agentes. O primeiro estudo inv ...
A osteoporose pós-menopausa caracteriza-se por perda acelerada de massa óssea e alteração da microarquitetura, aumentando o risco de fraturas. Modelos experimentais com ratas idosas ooforectomizadas são adequados para investigar os efeitos da deficiência estrogênica e terapias de reposição hormonal, reproduzindo características humanas, como maior perda de osso trabecular, diminuição da absorção de cálcio e resposta semelhante ao tratamento com estrogênio e outros agentes. O primeiro estudo investigou os efeitos do estrogênio isolado ou associado a dois progestogênios distintos – noretindrona (androgênico) e norgestimato (não androgênico) – sobre a densidade mineral óssea (DMO) e as propriedades mecânicas vertebrais em ratas Sprague-Dawley idosas ooforectomizadas. Foram utilizados cinco grupos: controles intactos, controles ooforectomizados, e três grupos ooforectomizados tratados com estrogênio isolado ou estrogênio associado a cada progestogênio, administrados de forma interrompida. A DMO foi medida por DEXA e a resistência vertebral por teste de compressão. A ooforectomia reduziu significativamente a DMO e as propriedades mecânicas ósseas. O estrogênio isolado aumentou a resistência mecânica, mas não restaurou totalmente a DMO. Já a associação com ambos os progestogênios elevou a DMO vertebral a níveis comparáveis aos controles intactos, sugerindo efeito adicional benéfico, embora as propriedades mecânicas não tenham sido consistentemente superiores. O segundo estudo avaliou o impacto da reposição com androgênio (dihidrotestosterona – DHT) isoladamente ou em associação ao estrogênio sobre a DMO e a histomorfometria óssea trabecular e cortical. Foram formados cinco grupos: controle intacto, controle ooforectomizado, estrogênio isolado, estrogênio+DHT e DHT isolada. A DHT isolada não melhorou o volume trabecular em relação ao grupo ooforectomizado, mas aumentou significativamente o comprimento, espessura e área cortical, indicando benefício predominante no osso cortical. A combinação estrogênio+DHT apresentou maior volume trabecular, porém sem diferenças estatísticas relevantes na DMO vertebral em comparação ao grupo ooforectomizado. Na análise femoral, todos os grupos tratados apresentaram DMO superior ao grupo ooforectomizado, com tendência de melhor resultado para DHT isolada em relação ao estrogênio isolado, sem significância estatística. Conclui-se que estrogênios e androgênios desempenham papéis complementares na manutenção óssea, com efeitos distintos sobre os ossos trabeculares e corticais. Terapias combinadas e personalizadas, ajustadas ao perfil ósseo e hormonal, podem otimizar a prevenção e o tratamento da osteoporose pós-menopausa. ...
Abstract
Postmenopausal osteoporosis is characterized by accelerated bone mass loss and microarchitectural deterioration, increasing the risk of fractures. Experimental models using aged ovariectomized rats are suitable for investigating the effects of estrogen deficiency and hormone replacement therapies, reproducing human features such as greater trabecular bone loss, reduced calcium absorption, and a similar response to estrogen and other agents. The first study investigated the effects of estrogen a ...
Postmenopausal osteoporosis is characterized by accelerated bone mass loss and microarchitectural deterioration, increasing the risk of fractures. Experimental models using aged ovariectomized rats are suitable for investigating the effects of estrogen deficiency and hormone replacement therapies, reproducing human features such as greater trabecular bone loss, reduced calcium absorption, and a similar response to estrogen and other agents. The first study investigated the effects of estrogen alone or combined with two different progestogens – norethindrone (androgenic) and norgestimate (non-androgenic) – on bone mineral density (BMD) and vertebral mechanical properties in aged Sprague-Dawley ovariectomized rats. Five groups were used: intact controls, ovariectomized controls, and three ovariectomized groups treated with estrogen alone or estrogen combined with each progestogen, administered intermittently. BMD was measured by dual-energy X-ray absorptiometry (DEXA), and vertebral strength was assessed by compression testing. Ovariectomy significantly reduced BMD and bone mechanical properties. Estrogen alone increased mechanical strength but did not fully restore BMD. The combination with either progestogen raised vertebral BMD to levels comparable to intact controls, suggesting additional benefits, although mechanical properties were not consistently superior. The second study assessed the impact of androgen replacement (dihydrotestosterone – DHT) alone or in combination with estrogen on BMD and trabecular and cortical bone histomorphometry. Five groups were formed: intact control, ovariectomized control, estrogen alone, estrogen+DHT, and DHT alone. DHT alone did not improve trabecular volume compared to the ovariectomized group but significantly increased cortical length, thickness, and area, indicating predominant benefits for cortical bone. The estrogen+DHT combination showed greater trabecular volume, but no statistically significant differences in vertebral BMD compared to the ovariectomized group. In femur analysis, all treated groups presented higher BMD than the ovariectomized group, with DHT alone showing a tendency toward better results than estrogen alone, without statistical significance. In conclusion, both estrogens and androgens play complementary roles in bone maintenance, with distinct effects on trabecular and cortical bones. Combined and personalized therapies, adjusted to the bone and hormonal profile, may optimize the prevention and treatment of postmenopausal osteoporosis. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina : Clínica Médica.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9565)Ciências Médicas (1593)
Este item está licenciado na Creative Commons License


