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dc.contributor.advisorBauer, Caroline Silveirapt_BR
dc.contributor.authorKlassmann, Júlia Bologninipt_BR
dc.date.accessioned2025-08-27T08:00:30Zpt_BR
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/295803pt_BR
dc.description.abstractAnaliso a gestão do passado familiar de descendentes de vítimas da ditadura civil-militar brasileira, com foco na transmissão da história familiar e nos impactos desta na identidade de filhos e netos de atingidos pela repressão, visando historicizar as transformações nos marcos interpretativos sobre o passado ditatorial a partir do testemunho de gerações posteriores aos acontecimentos. Para tanto, parto do conceito de pós-memória, originalmente desenvolvido para pensar o trabalho memorial das gerações pós Segunda Guerra Mundial, e movimentado ao longo da última década para abarcar catástrofes históricas outras, como as ditaduras no Cone Sul. Considerando o contexto de impunidade quanto aos crimes de lesa humanidade cometidos sob a tutela estatal na ditadura - o que pode ser entendido como atualização da violência ditatorial e (re)traumatização das vítimas e seus descendentes no tempo presente, busco localizar estes filhos e netos na arena de disputas narrativas sobre o passado. Sete familiares de presos políticos, exilados e desaparecidos se dispuseram a ceder (de forma virtual, em razão da emergência sanitária da Covid-19) entrevistas de história de vida, e compartilharam comigo seus acervos pessoais no tocante à história de suas famílias. Sobre o entendimento de que múltiplas formas de relação com o passado podem erigir dos testemunhos desses descendentes, proponho pensar a realidade brasileira pós-ditadura como um mosaico diverso de representações por parte de diferentes agentes. Ao analisar os relatos, compreendi que as experiências dos pais e avós são transmitidas e impactam de formas diferentes seus descendentes, atravessando signos como silêncios, segredos, esquecimentos, humor e afeto. Muito presente em todos relatos é a adoção da cosmovisão política familiar como dever de memória e o rechaço à posturas negacionistas na esfera pública. Todavia, segunda e terceira gerações, em razão da passagem do tempo e das transformações nas dinâmicas familiares, apresentam divergências significativas nos meios de gestão dessa memória. Filhos assumem uma postura crítica em relação às consequências das escolhas políticas dos pais no ambiente doméstico, ao passo que netos relatam uma visão heroicizada e épica dos avós, os quais conhecem, majoritariamente, apenas através de histórias.pt_BR
dc.description.abstractI search to analyze the management of family memory among descendants of victims of the brazilian civil-military dictatorship, focusing on the transmission of family history and its impact on the identity of children and grandchildren of those affected by state repression. The aim is to historicize the changes and transformations in interpretative frameworks of the dictatorial past through the testimonies of generations born after the events. To this end, I draw on the concept of postmemory, originally developed to examine the memorial work of post-World War II generations, and later expanded over the last decade to encompass other historical catastrophes, such as the dictatorships in Latin America. Considering the context of impunity regarding crimes against humanity committed under state supervision during the dictatorship - which can be understood as a continuation of dictatorial violence and a (re)traumatization of victims and their descendants in the present - I seek to situate these children and grandchildren within the arena of narrative disputes about the past. Seven relatives of political prisoners, exiles, and the disappeared agreed to participate in life history interviews (conducted virtually due to the Covid-19 health emergency) and shared with me their personal archives regarding their family histories. Based on the understanding that multiple forms of relating to the past can emerge from the testimonies of these descendants, I propose thinking of post-dictatorship Brazil as a diverse mosaic of representations shaped by different agents. Through the analysis of these accounts, I found that the experiences of parents and grandparents are transmitted and impact their descendants in distinct ways, conveyed through signs such as silence, secrecy, forgetfulness, humor, and affection. A recurring theme across all testimonies is the adoption of the family's political worldview as a duty of memory and the rejection of negationist attitudes in the public sphere. However, the second and third generations - due to the passage of time and changes in family dynamics - s;how significant differences in the management of these memories. Second generation tends to take a critical stance toward the consequences of their parents’ political choices in the domestic sphere, while grandchildren often report a heroic and epic perception of their grandparents, whom they know mostly through stories.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPostmemoryen
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subjectTransgenerational transmissionen
dc.subjectIdentidadept_BR
dc.subjectDitadura civil-militar : Brasilpt_BR
dc.subjectIdentityen
dc.subjectTestemunhopt_BR
dc.subjectBrazilian civil-military dictatorshipen
dc.subjectTestimonyen
dc.titleA pós-memória nos testemunhos de descendentes de vítimas políticas da ditadura civil-militar brasileira : transmissão e identidadept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001291867pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2024pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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