Literatura em ensino : uma prática de mundo : a formação do educador formador

Abstract

Sob a luz de Paulo Freire e a inspiração de Umberto Eco, este trabalho tem como objetivo dar um retorno à Universidade, pois muito se estuda sobre as teorias e interpretações que alimentam a literatura, mas pouco há de pesquisa concreta sobre a formação docente em Literatura dos educandos de graduação em Letras. É importantíssimo que se estabeleça essa relação com as licenciaturas para que se construa uma amostragem real do processo de formação da personalidade do estudante como educador em literatura, de como utilizou o conhecimento construído para exercer seu papel na sociedade, tornando-o prático e relevante à vida das pessoas, realizando educação de verdade, uma educação que valorize e identifique os sujeitos históricos que são os educandos, que lhes possibilite fazer suas próprias escolhas, encontrar seus espaços e aproveitar suas oportunidades na sociedade. Por isso se faz extremamente necessária a associação do ensino/aprendizagem em literatura com o exercício de leituras, não só as leituras distintas que cada pessoa pode realizar em dado momento da vida, mas o exercício de leitura interdisciplinar e de diferentes gêneros textuais, da leitura do mundo pelos outros sentidos, abrangendo nossa visão desse mundo, das realidades, das relações humanas e do modo como a literatura e outras áreas de conhecimento e expressões artísticas podem captar isso, criar e recriar essas percepções da vida. Parafraseando Umberto Eco: a literatura pode muito, porque a educação pode ainda mais. As pessoas que acreditam na educação libertadora, como Paulo Freire, são capazes de manter vivas as esperanças de um processo formador cidadão, que imbua os indivíduos de consciência de seus direitos e deveres, de luta e resistência por uma sociedade mais justa e menos desigual.

À La lumière de Paulo Freire et sous l’inspiration d’Umberto Eco, le but de ce travail est de donner des réponses à l’université, car beaucoup a déjà été étudié sur les théories et les interprétations qui nourrissent la littérature, mais il y a peu de recherches concrètes sur la formation d’enseignants en littérature des étudiants de la licence aux cours de Lettres. Il est très important qu’on établisse ce rapport avec les licences pour qu’on construise un échantillon réel du processus de formation de la personnalité de l’étudiant en tant qu’un enseignant en littérature, de comment il a utilisé leur connaissance construite pour jouer leur rôle dans la société, en le devenant pratique et important pour la vie des personnes et en réalisant une vraie éducation, une éducation qui valorise et identifie les sujets historiques qui sont les étudiants, qui leur donne la possibilité de faire ses propres choix et de rencontrer leurs espaces et profiter leurs possibilités dans la société. Pour cela il est extrêmement nécessaire l’association de l’enseignement/apprentissage en littérature avec l’exercice de lectures, tant des lectures que chaque personne peut réaliser dans leur vie, que l’exercice de lecture interdisciplinaire et textuelle, en recouvrant notre vision du monde, des réalités, des rapports humains et de la façon par laquelle la littérature et d’autres domaines de connaissance et des expressions artistiques peuvent s’approprier de cela, créer et reconstituer ces perceptions de la vie. En paraphrasant Umberto Eco : la littérature peut beaucoup, car l’éducation peut encore plus. Les personnes qui croient à l’éducation libertaire, comme Paulo Freire, sont capables de maintenir vivante l’espérance d’un processus de formation citoyenne qui conscientise les individus de ses droits et devoirs, de lutte et de résistance par une sociét