Protocolos de diagnóstico e tratamento da colecistite aguda no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
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Data
2025Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo atualizar os protocolos de diagnóstico e tratamento da colecistite aguda na emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, alinhando-os às diretrizes mais recentes da literatura médica, especialmente os Guidelines de Tokyo de 2018. A colecistite aguda é uma inflamação da vesícula biliar, frequentemente secundária à obstrução por cálculos, e representa uma causa comum de dor abdominal na emergência. O diagnóstico precoce e preciso é esse ...
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo atualizar os protocolos de diagnóstico e tratamento da colecistite aguda na emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, alinhando-os às diretrizes mais recentes da literatura médica, especialmente os Guidelines de Tokyo de 2018. A colecistite aguda é uma inflamação da vesícula biliar, frequentemente secundária à obstrução por cálculos, e representa uma causa comum de dor abdominal na emergência. O diagnóstico precoce e preciso é essencial para minimizar complicações, reduzir morbimortalidade e otimizar recursos hospitalares. A metodologia incluiu uma revisão sistemática da literatura, análise dos protocolos institucionais vigentes e consulta a especialistas da área. O novo protocolo diagnóstico enfatiza a aplicação estruturada dos Critérios de Tokyo 2018, que consideram sinais clínicos locais (Murphy positivo ou dor no quadrante superior direito), sinais sistêmicos de inflamação (febre, leucocitose ou PCR elevada) e exames de imagem. A ultrassonografia foi mantida como o método inicial devido à sua elevada sensibilidade (82%) e especificidade (81%), enquanto a tomografia computadorizada foi indicada para casos de suspeita de complicações, apesar de sua menor especificidade para colecistite (59%). O protocolo terapêutico atualizado propõe a classificação da gravidade da doença em três graus. Pacientes com colecistite grau I (sem sinais de gravidade) são candidatos à colecistectomia laparoscópica precoce, enquanto aqueles com grau II (processo inflamatório mais extenso ou sintomas prolongados) devem ser avaliados para tratamento cirúrgico precoce, otimização clínica antes da cirurgia ou drenagem percutânea da vesícula biliar. Casos de grau III (com disfunção orgânica) demandam manejo intensivo, com estabilização inicial e indicação de colecistostomia para pacientes de alto risco cirúrgico. Além disso, o protocolo revisado inclui critérios para antibioticoterapia baseada no perfil microbiológico local, com cobertura para bactérias entéricas gram-negativas e anaeróbios, ajustada conforme a gravidade do caso. As atualizações visam padronizar condutas, reduzir o tempo de internação e melhorar o prognóstico dos pacientes atendidos. A implementação do novo protocolo será acompanhada de capacitação da equipe médica e monitoramento de desfechos clínicos, permitindo reavaliações contínuas para ajustes conforme necessário. Assim, este estudo contribui significativamente para a melhoria da assistência à colecistite aguda na emergência hospitalar, assegurando maior segurança ao paciente e eficiência no uso dos recursos disponíveis. ...
Abstract
This thesis aims to update the diagnostic and treatment protocols for acute cholecystitis in the emergency department of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, aligning them with the latest medical literature guidelines, particularly the 2018 Tokyo Guidelines. Acute cholecystitis is an inflammation of the gallbladder, often secondary to obstruction by gallstones, and represents a common cause of abdominal pain in emergency settings. Early and accurate diagnosis is essential to minimize complicat ...
This thesis aims to update the diagnostic and treatment protocols for acute cholecystitis in the emergency department of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, aligning them with the latest medical literature guidelines, particularly the 2018 Tokyo Guidelines. Acute cholecystitis is an inflammation of the gallbladder, often secondary to obstruction by gallstones, and represents a common cause of abdominal pain in emergency settings. Early and accurate diagnosis is essential to minimize complications, reduce morbidity and mortality, and optimize hospital resources. The methodology included a systematic literature review, analysis of current institutional protocols, and consultation with specialists in the field. The new diagnostic protocol emphasizes the structured application of the 2018 Tokyo Criteria, which consider local clinical signs (positive Murphy’s sign or right upper quadrant pain), systemic signs of inflammation (fever, leukocytosis, or elevated C-reactive protein), and imaging exams. Ultrasound remains the initial method due to its high sensitivity (82%) and specificity (81%), while computed tomography is recommended in cases of suspected complications, despite its lower specificity for cholecystitis (59%). The updated therapeutic protocol proposes a three-grade classification of disease severity. Patients with grade I cholecystitis (without severity signs) are candidates for early laparoscopic cholecystectomy, while those with grade II (more extensive inflammatory process or prolonged symptoms) should be evaluated for early surgical treatment, clinical optimization before surgery, or percutaneous gallbladder drainage. Grade III cases (with organ dysfunction) require intensive management, including initial stabilization and cholecystostomy indication for high surgical risk patients. Additionally, the revised protocol includes criteria for antibiotic therapy based on the local microbiological profile, ensuring coverage for gram-negative enteric bacteria and anaerobes, adjusted according to case severity. These updates aim to standardize medical conduct, reduce hospital stay duration, and improve patient prognosis. The implementation of the new protocol will be accompanied by medical staff training and monitoring of clinical outcomes, allowing continuous reassessment and adjustments as needed. Thus, this study significantly contributes to improve acute cholecystitis care in the hospital emergency setting, ensuring greater patient safety and more efficient use of available resources. ...
Instituição
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral.
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Ciências da Saúde (1674)
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