Avaliação da concentração inibitória mínima do meropenem e de novas opções terapêuticas em Enterobacterales da família Morganellaceae e Serratia marcescens não sensíveis ao meropenem
Visualizar/abrir
Data
2025Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Introdução: Enterobacterales da família Morganellaceae e Serratia marcescens estão associadas a infecções em diversos sítios, com fenótipo esperado de resistência à vários antimicrobianos, tornando as opções terapêuticas muito limitadas. As novas opções terapêuticas como meropenem-vaborbactam (MV) e ceftazidima-avibactam (CZA), tem se mostrado uma alternativa terapêutica eficaz. Objetivos: Avaliar a sensibilidade do meropenem, MV e CZA, e a produção de carbapenemase em Enterobacterales da famíl ...
Introdução: Enterobacterales da família Morganellaceae e Serratia marcescens estão associadas a infecções em diversos sítios, com fenótipo esperado de resistência à vários antimicrobianos, tornando as opções terapêuticas muito limitadas. As novas opções terapêuticas como meropenem-vaborbactam (MV) e ceftazidima-avibactam (CZA), tem se mostrado uma alternativa terapêutica eficaz. Objetivos: Avaliar a sensibilidade do meropenem, MV e CZA, e a produção de carbapenemase em Enterobacterales da família Morganellaceae e Serratia sp., não sensíveis ao meropenem no método de disco-difusão e avaliar o consumo do meropenem e do CZA no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 2021 e 2024. Métodos: Foram analisados 188 isolados bacterianos da família Morganellaceae e S. marcescens não sensíveis (sensíveis aumentando a exposição e resistentes) ao meropenem, provenientes de materiais clínicos de pacientes do HCPA entre 2021 e 2024. Resultados: Um total de 68,6% (129/ 188) dos isolados apresentou CIM do meropenem < 32 μg/ mL, com CIM50 de 8,0 μg/ mL e CIM90 de 256,0 μg/ mL. Um total de 80,3% (57/ 71) dos isolados não produtores de metalo-beta-lactamase apresentou sensibilidade ao MV. As CIM50 e CIM90 do MV foram 0,5 μg/ mL e 256,0 μg/ mL, respectivamente. Um total de 97,8% (87/ 89) dos isolados não produtores de metalo-beta-lactamase apresentou sensibilidade ao CZA. Quanto às opções terapêuticas para não produtores de metalo-beta-lactamases, com CIM do meropenem ≥ 32 μg/ mL, 97,9% (47/ 48) apresentou sensibilidade ao CZA e 70,8% (34/ 48) apresentou sensibilidade ao MV. O consumo do meropenem na instituição se manteve nos mesmos patamares do período da pandemia de COVID-19 no decorrer dos anos analisados; e o consumo do CZA na instituição aumentou significativamente (p= 0,007). Conclusão: O presente estudo encontrou um bom percentual de isolados que, mesmo resistentes in vitro ao meropenem, apresentaram CIM baixas que sugerem que poderiam ser tratados com meropenem em terapia modificada. Também encontrou 14 isolados resistentes ao MV e 2 isolados resistentes a CZA. A maioria dos estudos sobre as variantes de KPC resistentes ao MV e CZA são em K. pneumoniae, portanto, seria válido investigar o mecanismo de resistência envolvido nestas outras espécies. ...
Instituição
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência em Área Profissional da Saúde.
Coleções
-
Ciências da Saúde (1674)
Este item está licenciado na Creative Commons License
