O ensino de invertebrados terrestres : uma análise de documentos normativos e metodologias alternativas às aprendizagens

Abstract

Este trabalho analisou documentos normativos das redes de ensino brasileiras, incluindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Referencial Curricular Gaúcho do Ensino Médio (RCGEM, 2024) e as Matrizes Curriculares do RS, com foco nas áreas de Ciências da Natureza e Biologia. O objetivo foi identificar a presença ou ausência de conteúdos relativos aos invertebrados terrestres, no Ensino Médio, bem como de possíveis metodologias de ensino coerentes a esses organismos. Na identificação dos conteúdos, fez-se uma busca por palavras-chave em fragmentos dos textos que indicavam possibilidades ao estudo dos invertebrados terrestres. Os resultados evidenciaram a ausência desses organismos nos documentos, revelando lacunas significativas na abordagem de temas relacionados à biodiversidade, ecologia e interações ecológicas. Além da análise documental, a pesquisa identificou e selecionou metodologias de ensino em textos científicos, consideradas alternativas pedagógicas às ausências desses conteúdos nos documentos. As metodologias identificadas destacam-se em atividades práticas, coleções didático-entomológicas e jogos pedagógicos. Estas abordagens interativas e participativas mostraram-se eficazes, ao promover um aprendizado significativo e prático, ampliando a percepção dos alunos sobre a importância dos invertebrados terrestres para os ecossistemas e para a conservação ambiental. Conclui-se que, embora as normativas apresentem uma estrutura geral que possibilite abordagens interdisciplinares, a falta de especificidade compromete o desenvolvimento de um ensino escolar contextualizado e crítico. A adoção de metodologias de ensino inovadoras pode ajudar a preencher estas lacunas, contribuindo para a formação de alunos no desenvolvimento de uma visão mais ampla, contextualizada e crítica sobre questões ambientais e da biodiversidade.