Uso do diodo emissor de luz azul no tratamento da candidíase vulvovaginal recorrente : ensaio clínico randomizado
Visualizar/abrir
Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
INTRODUÇÃO: A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) afeta até 10% das mulheres em idade reprodutiva. A terapia antifúngica prolongada está associada a limitações, incluindo efeitos adversos e o desenvolvimento de resistência a medicamentos. Nesse contexto, novas abordagens terapêuticas baseadas em energia estão sendo investigadas para aprimorar os desfechos clínicos. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da fototerapia intravaginal com diodo emissor de luz (LED) azul, com comprimento de onda de 415 ...
INTRODUÇÃO: A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) afeta até 10% das mulheres em idade reprodutiva. A terapia antifúngica prolongada está associada a limitações, incluindo efeitos adversos e o desenvolvimento de resistência a medicamentos. Nesse contexto, novas abordagens terapêuticas baseadas em energia estão sendo investigadas para aprimorar os desfechos clínicos. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da fototerapia intravaginal com diodo emissor de luz (LED) azul, com comprimento de onda de 415 nanômetros (nm), como terapia adjuvante ao tratamento convencional da CVVR. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, com cegamento simples, envolvendo 13 mulheres com CVVR, alocadas em um grupo controle (sem emissão de luz) e em dois grupos experimentais (emissão de luz por 30 e 40 minutos, respectivamente). Três sessões de LED foram administradas em intervalos de 7 ± 3 dias, associadas à terapia com fluconazol. Foram realizadas avaliações clínicas e microbiológicas, e questionários foram distribuídos durante as sessões e aos 30 e 180 dias pós-tratamento. Adicionalmente, questionários online foram aplicados aos 60, 90, 120 e 150 dias, para acompanhar a evolução dos sintomas. RESULTADOS: A amostra foi composta por 13 mulheres (idade média de 28,92 anos), randomizadas em três grupos: 30 minutos (n=5), 40 minutos (n=4) e controle (n=4). Trinta dias após o tratamento, 61,5% das participantes apresentaram uma redução igual ou superior a 50% nos escores de sinais e sintomas, aumentando para 76,9% aos 180 dias, principalmente no grupo de 30 minutos e no grupo controle. A redução dos sintomas no grupo controle foi estatisticamente significativa (p<0,001). Aos 180 dias, 53,8% das participantes apresentaram culturas negativas para Candida, com a maior prevalência observada no grupo de 30 minutos. O tratamento foi bem tolerado, conforme demonstrado pelos altos escores de satisfação tanto no grupo controle (5,00 ± 0,20) quanto no de 30 minutos (4,20 ± 0,33). CONCLUSÃO: A fototerapia intravaginal com LED azul por 30 minutos mostrou-se promissora como adjuvante ao tratamento padrão para CVVR, evidenciando eficácia na redução de sintomas e na erradicação fúngica. Esses achados preliminares ressaltam seu potencial terapêutico, embora sejam necessários estudos adicionais com amostras maiores e acompanhamento prolongado para validar esses resultados e avaliar de forma abrangente os efeitos a longo prazo. ...
Abstract
INTRODUCTION: Recurrent vulvovaginal candidiasis (RVVC) affects up to 10% of women of reproductive age. Prolonged antifungal therapy is associated with limitations, including adverse effects and the emergence of drug resistance. In this context, novel energy-based therapeutic approaches are being explored to improve clinical outcomes. OBJECTIVE: To evaluate the efficacy of intravaginal blue light-emitting diode (LED) phototherapy at a wavelength of 415 nanometers (nm) as an adjunct to conventio ...
INTRODUCTION: Recurrent vulvovaginal candidiasis (RVVC) affects up to 10% of women of reproductive age. Prolonged antifungal therapy is associated with limitations, including adverse effects and the emergence of drug resistance. In this context, novel energy-based therapeutic approaches are being explored to improve clinical outcomes. OBJECTIVE: To evaluate the efficacy of intravaginal blue light-emitting diode (LED) phototherapy at a wavelength of 415 nanometers (nm) as an adjunct to conventional treatment for RVVC. METHODS: A single-blind randomized clinical trial was conducted with 13 women diagnosed with RVVC, assigned to a control group (no light emission) and two experimental groups (light emission for 30 and 40 minutes, respectively). Three LED sessions were administered at 7 ± 3-day intervals, in combination with fluconazole therapy. Clinical and microbiological evaluations were performed, and questionnaires were administered during the sessions and at 30 and 180 days post-treatment. Additional online questionnaires were distributed at 60, 90, 120, and 150 days to monitor symptom progression. RESULTS: The sample consisted of 13 women (mean age 28.92 years) randomized into three groups: 30-minute (n=5), 40-minute (n=4), and control (n=4). Thirty days post-treatment, 61.5% of participants exhibited at least a 50% reduction in their signs and symptoms scores, increasing to 76.9% at 180 days, primarily in the 30-minute and control groups. Symptom reduction in the control group was statistically significant (p<0.001). At 180 days, 53.8% of participants presented negative Candida cultures, with the highest prevalence in the 30-minute group. The treatment was well tolerated, as evidenced by high satisfaction scores in both the control group (5.00 ± 0.20) and the 30-minute group (4.20 ± 0.33). CONCLUSION: Intravaginal blue LED phototherapy for 30 minutes has demonstrated promising potential as an adjunct to standard RVVC treatment, showing efficacy in symptom reduction and fungal eradication. These preliminary findings underscore its therapeutic promise, although further studies with larger sample sizes and prolonged follow-up are necessary to validate these results and fully assess long-term outcomes. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetrícia.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9249)
Este item está licenciado na Creative Commons License
