Absenteísmo-doença na enfermagem : uma análise antes, durante e após a pandemia pela COVID-19
Visualizar/abrir
Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: O absenteísmo-doença, são todas as ausências por motivo de doença ou procedimento médico. Com o advento da pandemia pela COVID-19 os profissionais de enfermagem se encontram ainda mais suscetíveis ao adoecimento físico e psíquico, ocasionando um aumento do absenteísmo. Objetivo: Analisar o absenteísmo-doença dos profissionais de enfermagem antes, durante e após a pandemia pela COVID-19. Método: Pesquisa do tipo transversal, desenvolvida no Hospital de Clínicas de Porto Alegre a part ...
Introdução: O absenteísmo-doença, são todas as ausências por motivo de doença ou procedimento médico. Com o advento da pandemia pela COVID-19 os profissionais de enfermagem se encontram ainda mais suscetíveis ao adoecimento físico e psíquico, ocasionando um aumento do absenteísmo. Objetivo: Analisar o absenteísmo-doença dos profissionais de enfermagem antes, durante e após a pandemia pela COVID-19. Método: Pesquisa do tipo transversal, desenvolvida no Hospital de Clínicas de Porto Alegre a partir da coleta de dados em prontuário ocupacional e clínico conforme registros do Setor de Medicina Ocupacional. A amostra foi composta por 839 prontuários de profissionais de enfermagem que trabalhavam nas unidades de internação clínica, internação cirúrgica, centro de tratamento intensivo (CTI) e emergência adulto que apresentaram ao menos um afastamento entre os períodos de antes (2019-2020), durante (2020-2021) e após (2021-2022) a pandemia pela COVID-19. Os dados foram obtidos através de uma query e analisados no programa Statistical Package for Social Sciences 26.0. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais, cálculo de taxa de absenteísmo e regressão de Poisson com variância robusta. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob registro CAAE 69221923.0.0000.5327 e respeitados todos preceitos éticos. Resultados: Os fatores associados ao absenteísmo-doença foram a média geral de número de dias perdidos por profissional de 54,1±2,5 dias perdidos por profissional (p<0,001) e faixa etária igual ou inferior a 41 anos (31,8%, p=0,003). Os setores com mais afastamentos foram o CTI (31,3%) e a Unidade de Internação Clínica (27,5%), sendo que esta última registrou a maior taxa de absenteísmo, com 9,9% em julho de 2020. Os principais motivos de absenteísmo-doença no pré pandemia foram doenças inespecíficas (31,9%) e osteomuscular (28,4%), durante a pandemia por COVID-19 (45%) e osteomuscular (34,8%) e pós-pandemia, osteomusculares (41,7%) e inespecíficas (38,3%). As variáveis significativamente associadas a um risco aumentado para os motivos de adoecimento foram: sexo masculino, técnicos de enfermagem, sem parceiros, CTI, internação clínica, internação cirúrgica. Conclusão: O absenteísmo-doença esteve relacionado ao número de dias de afastamento e aos profissionais mais jovens. As prevalências de absenteísmo-doença nos períodos durante e após a pandemia foram superiores em relação ao antes da pandemia, embora consideradas altas nos três períodos. ...
Abstract
procedures. With the advent of the COVID-19 pandemic, nursing professionals have become even more susceptible to physical and mental illness, leading to an increase in absenteeism. Objective: To analyze sick leave absenteeism among nursing professionals before, during, and after the COVID-19 pandemic. Method: This is a cross-sectional study conducted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre based on data collected from occupational and clinical records according to the Occupational Medicine ...
procedures. With the advent of the COVID-19 pandemic, nursing professionals have become even more susceptible to physical and mental illness, leading to an increase in absenteeism. Objective: To analyze sick leave absenteeism among nursing professionals before, during, and after the COVID-19 pandemic. Method: This is a cross-sectional study conducted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre based on data collected from occupational and clinical records according to the Occupational Medicine Department's records. The sample consisted of 839 records of nursing professionals who worked in clinical inpatient units, surgical inpatient units, intensive care units (ICU), and adult emergency departments, with at least one sick leave between the periods before (2019-2020), during (2020-2021), and after (2021-2022) the COVID-19 pandemic. Data were obtained through a query and analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 26.0. Descriptive and inferential analyses, absenteeism rate calculation, and Poisson regression with robust variance were performed. The study was approved by the Research Ethics Committee under registration CAAE 69221923.0.0000.5327, and all ethical principles were respected. Results: The factors associated with sick leave absenteeism were the overall average number of days lost per professional, with 54.1±2.5 days lost per professional (p<0.001), and an age group of 41 years or younger (31.8%, p=0.003). The sectors with the highest number of absences were the ICU (31.3%) and the Clinical Inpatient Unit (27.5%), with the latter registering the highest absenteeism rate of 9.9% in July 2020. The main reasons for sick leave absenteeism before the pandemic were unspecified illnesses (31.9%) and musculoskeletal disorders (28.4%); during the pandemic, they were COVID-19 (45%) and musculoskeletal disorders (34.8%); and post-pandemic, musculoskeletal disorders (41.7%) and unspecified illnesses (38.3%). The variables significantly associated with an increased risk for illness were male gender, nursing technicians, being single, ICU, clinical inpatient, and surgical inpatient units. Conclusion: Sick leave absenteeism was related to the number of days of absence and younger professionals. The prevalence of sick leave absenteeism during and after the pandemic was higher than before the pandemic, although it was considered high in all three periods. ...
Resumen
enfermedad o procedimientos médicos. Con la llegada de la pandemia de COVID-19, los profesionales de enfermería se han vuelto aún más susceptibles a enfermedades físicas y psíquicas, lo que ha provocado un aumento del ausentismo. Objetivo: Analizar el ausentismo por enfermedad de los profesionales de enfermería antes, durante y después de la pandemia de COVID-19. Método: Estudio transversal desarrollado en el Hospital de Clínicas de Porto Alegre a partir de la recolección de datos de registros ...
enfermedad o procedimientos médicos. Con la llegada de la pandemia de COVID-19, los profesionales de enfermería se han vuelto aún más susceptibles a enfermedades físicas y psíquicas, lo que ha provocado un aumento del ausentismo. Objetivo: Analizar el ausentismo por enfermedad de los profesionales de enfermería antes, durante y después de la pandemia de COVID-19. Método: Estudio transversal desarrollado en el Hospital de Clínicas de Porto Alegre a partir de la recolección de datos de registros ocupacionales y clínicos según los registros del Departamento de Medicina Ocupacional. La muestra se compuso de 839 registros de profesionales de enfermería que trabajaban en unidades de internación clínica, internación quirúrgica, unidades de cuidados intensivos (UCI) y emergencia de adultos que presentaron al menos una ausencia entre los períodos antes (2019-2020), durante (2020-2021) y después (2021-2022) de la pandemia de COVID-19. Los datos se obtuvieron mediante una consulta y se analizaron utilizando el programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versión 26.0. Se realizaron análisis descriptivos e inferenciales, cálculo de la tasa de ausentismo y regresión de Poisson con varianza robusta. Aprobado por el Comité de Ética en Investigación bajo el registro CAAE 69221923.0.0000.5327, respetando todos los principios éticos. Resultados: Los factores asociados con el ausentismo por enfermedad fueron el promedio general de días perdidos por profesional de 54,1±2,5 días perdidos por profesional (p<0,001) y el grupo de edad de 41 años o menos (31,8%, p=0,003). Los sectores con más ausencias fueron la UCI (31,3%) y la Unidad de Internación Clínica (27,5%), siendo esta última la que registró la tasa de ausentismo más alta, con 9,9% en julio de 2020. Las principales razones de ausentismo por enfermedad antes de la pandemia fueron enfermedades inespecíficas (31,9%) y trastornos musculoesqueléticos (28,4%); durante la pandemia fueron COVID-19 (45%) y trastornos musculoesqueléticos (34,8%); y después de la pandemia, trastornos musculoesqueléticos (41,7%) e inespecíficos (38,3%). Las variables significativamente asociadas con un mayor riesgo de enfermedad fueron: género masculino, técnicos de enfermería, sin pareja, UCI, internación clínica, internación quirúrgica. Conclusión: El ausentismo por enfermedad estuvo relacionado con el número de días de ausencia y los profesionales más jóvenes. Las prevalencias de ausentismo por enfermedad durante y después de la pandemia fueron superiores en comparación con el periodo antes de la pandemia, aunque se consideraron altas en los tres períodos. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9249)Enfermagem (639)
Este item está licenciado na Creative Commons License
